O vereador Chico Guerra/PRB participou do Grande Expediente da Sessão Ordinária da Câmara Municipal nesta quarta-feira (8) e falou sobre a situação das finanças do município e que apresentam fluxo deficitário de RS 126 milhões, mesmo que Alceu tenha entregue a Prefeitura com dinheiro em caixa. Trouxe ao plenário reportagem de jornal que comparou as condições em que foram entregues os cofres municipais no encerramento das gestões de Pepe Vargas em 2005 (R$ 108 milhões), José Ivo Sartori em 2012 (474 milhões) e Alceu Barbosa Velho em 2016 (-R$ 126 milhões).  Considerou que dinheiro em caixa tem, mas existem obrigações a serem cumpridas.  Para o líder do governo com tamanho déficit “o Prefeito terá que operar o milagre da multiplicação do pão e do peixe para enfrentar a situação”. Com isso justificou o corte de verbas  porque um gestor não pode olhar somente o volume físico do caixa mas para o curto, o médio e o longo prazo.  Chico Guerra comparou o resultado da herança que o prefeito recebeu ao comportamento de um pai que viveu bons momentos, gastando sem responsabilidade enquanto seu filho passava fome e incapaz de tomar as necessárias providências diante da crise financeira. “Não tem como não culpar os governos anteriores, porque as contas estão chegando agora”. De novo sustentado por informações veiculadas na mídia, o vereador recuperou os números da crise que Caxias atravessa, apoiado na média histórica da indústria local. Entre 2010 e 2013 este segmento respondia por uma receita de R$ 24 bilhões, despencando para R$ 11 bilhões em 2016. E alinhou também a perda de 21 mil postos de trabalho, famílias que perderam a condição de pagar IPTU, IPVA e outros impostos e taxas. “Tudo isso resulta em queda de arrecadação”, ponderou Chico Guerra reafirmando que cabe culpa aos governos anteriores porque também não pensaram na sustentabilidade dos eventos que atualmente não tem como ser beneficiados com recursos, diante das prioridades existentes. E concluiu concordando com o significado da frase “o tempo é o Senhor da razão” e solicitando que se dê tempo para a nova Administração agir.