A vereadora Denise Pessôa/PT tratou dos trabalhadores da Visate no grande expediente desta terça-feira (07/02) na Câmara Municipal. O pronunciamento ocorreu no dia em que o Sindicato dos Rodoviários promoveu paralisação de funcionários da empresa, exigindo o dissídio da categoria.

A parlamentar lamentou que usuários do transporte público urbano tiveram de aguardar mais tempo pelos ônibus. Ressaltou que o movimento dos rodoviários é justo, explicando que os motoristas enfrentam dificuldades, incluindo o trânsito caótico e o acúmulo da função de operador de sistema em alguns casos.

Denise Pessôa disse que a situação dos trabalhadores é injusta, já que deles se exige muito e não são valorizados como deveriam.

“A gente sabe que tem um pouco de reflexo da empresa. Não tendo reajuste da tarifa (a prefeitura a manteve em R$ 3,40), não teria aumento dos trabalhadores”, comentou.

A parlamentar comentou sobre o debate do reajuste. Citou que a Visate sugeriu R$ 4,25, que os técnicos da Secretaria Municipal de Trânsito, Transporte apontaram R$ 4,01, mas que apesar disso o Executivo manteve a passagem em R$ 3,40.

“Não defendo aumento da tarifa. Por um lado é corajoso permanecer o valor. Mas por outro a gente fica se perguntando por que tanta diferença nesses cálculos se a prefeitura já fez a tal operação lava jato nas planilhas da Visate. Precisa trazer a público esses dados, porque certamente deve ser esse estudo que justifique uma tarifa nos R$ 3,40”, declarou a petista.

Em aparte, o vereador líder da bancada do PDT, vereador Rafael Bueno, afirmou que o anúncio de uma lava jato na Visate foi discurso eleitoreiro de Daniel Guerra e acrescentou:

“Senti falta do líder do governo na Câmara (Chico Guerra/PRB) na audiência pública que na sexta-feira passada debateu o SIM Caxias. Ele deveria estar presente para ver que o secretário dos Transportes (Cristiano de Abreu Soares) passou vergonha pelo fato de os técnicos da Secretaria não terem assinado as mudanças do trânsito”, disse Rafael Bueno.

Também em aparte, o vereador Adiló Domenico/PTB lembrou que uma lei federal determina que em todo o serviço concedido, o dissídio da categoria está autorizado a fazer parte da planilha de custos.

“Por isso, um reajuste aos trabalhadores não dependeria da Visate. Há uma relação íntima com a planilha”, explicou.