Em pronunciamento durante o Grande Expediente desta terça-feira (13/12), na sessão da Câmara Municipal, a vereadora Denise Pessôa/PT analisou respostas da Prefeitura ao pedido de informações sobre a atual situação do Pronto Atendimento 24 Horas, o Postão. O pedido foi feito pela bancada do PT.

Com base nos respostas, a vereadora concluiu que as reclamações sobre mau atendimento decorrem de falta de gestão no Postão 24 Horas. Segundo documento da Secretaria da Saúde, atualmente existe a oferta de 4.068 horas mensais de atendimento na área clínica e 1.680 na pediatria. Tomando por base resposta da secretaria sobre a escala de atendimento considerada ideal, seriam necessárias 3.960 horas na área clínica e 1.800 na pediatria. Também citou o fato de a Prefeitura gastar, em 2015, mais de R$ 1 milhão no pagamento de contratos feitos com médicos por meio Recibo de Pagamento Autônomo (RPA). “A simples comparação destes números evidencia que não faltam profissionais, mas sim gestão na organização das escalas médicas”, definiu a petista.

A vereadora também criticou o fato de gerências do PA 24 Horas terem duas matrículas, de 20 e 33 horas, e ainda assim usufruírem de banco de horas. Ainda identificou que existem muitas faltas justificadas e abonadas, além de ausências de médicos por até dois meses. “O problema da gestão do Pronto Atendimento prejudica a população, que paga por um serviço que não é bem prestado”, assinalou a parlamentar.

Em aparte, o vereador Rafael Bueno/PDT reafirmou a importância de os médicos cumprirem integralmente a sua jornada de trabalho e que cobrará ações do futuro prefeito Daniel Guerra/PRB sobre o assunto. A vereadora Denise Pessôa manifestou pensamento na mesma linha, reivindicando do prefeito eleito prioridade para a gestão na área da saúde.