O vereador Guilherme Guila Sebben/PP definiu como dolorosos, mas necessários, os cortes na estrutura do governo do Estado propostos pelo governador José Ivo Sartori/PMDB em projetos encaminhados à Assembleia Legislativa. Em manifestação na sessão desta terça-feira (22/11) da Câmara Municipal, o parlamentar afirmou que nenhum governador, nem mesmo Sartori, gostaria de propor os cortes, que incluem extinções de fundações, redução de secretárias e demissões de funcionários. “A realidade, no entanto, é que o Estado não comporta mais a estrutura atual”, acrescentou.

O vereador recordou que, nos últimos 44 anos, em apenas sete, o Estado não apresentou déficit financeiro. Em alguns destes, como durante o governo Antônio Brito, o resultado teve origem em receita pontual, como a de concessões de rodovias, e não por redução de despesas. “Chegou o momento em que não tem mais para onde ir. Hoje, o governador é tão somente gestor da folha de pagamento de ativos e inativos”, afirmou.

Na avaliação de Sebben, a sociedade precisa se unir ao governo na busca de soluções para resolver a crise financeira. Entende que não é apenas o Estado que está quebrado, mas toda a sociedade. “A responsabilidade é de todos, porque a população é quem escolhe os gestores públicos.”, assinalou.

O anúncio do Banco do Brasil de fechar 402 agências e propor plano de demissão voluntária para 18 mil funcionários também foi tratado pelo vereador do PP. Para Guila Sebben, a proposta de reestruturação, que pode gerar economia de até R$ 3,6 bilhões, sinaliza como a instituição financeira foi tratada nos últimos 10 anos. “É uma situação muito complicada, pois o Banco do Brasil é referência no mercado financeiro do Brasil e do exterior”, definiu.