A necessidade de cautela, no custeio da máquina pública, foi a tônica da manifestação do secretário municipal de Gestão e Finanças, Gilmar Santa Catharina, em audiência pública de prestação de contas ao Legislativo caxiense. A reunião aconteceu na tarde desta quinta-feira (29/09), na sala das comissões da Câmara. A condução dos trabalhos coube ao vereador Guila Sebben/PP, presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Fiscalização e Controle Orçamentário, com a participação do vereador Flavio Cassina/PTB. O balanço apresentado referiu-se ao 2º quadrimestre deste ano. Ou seja, até o último mês de agosto.

Um dos pontos de preocupação do secretário voltou-se ao percentual de 44,84%, correspondente ao total da despesa líquida com pessoal sobre a receita corrente líquida. Esta última receita ficou em R$ 1,451 bilhão. “O limite de alerta é de 48,60% e o máximo, de 54%. Portanto, no curto e médio prazo, serão necessárias medidas para não extrapolar as margens, sobretudo, nessa fase contínua de quedas de arrecadação”, explicou. De acordo com ele, nos últimos meses, a Prefeitura só tem nomeado servidores na medida em que outros se aposentam, como forma de substituição, sem elevar o quadro geral.

Em termos de dívida consolidada, Santa Catharina informou um saldo, em 30 de agosto passado, na ordem de R$ 270,251 milhões, ante o de R$ 296,389 milhões, registrado no final de dezembro de 2015. “A capacidade de endividamento ainda é boa. Só que a de pagamento, não. O cenário atual indica que, enquanto não houver recuperação econômica, sejam ampliados os esforços de redução de custeio, com poucas perspectivas de novos investimentos”, detalhou. O secretário também lamentou que a União e o governo do Estado persistissem com atrasos, em repasses obrigatórios.

Além do vereador-presidente Guila Sebben/PP, integram a Comissão de Desenvolvimento Econômico, Fiscalização e Controle Orçamentário os vereadores Adelino Teles/PMDB, Ana Corso/PT, Flavio Cassina/PTB e Virgili Costa/PDT.