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Frizzo defende fórum para debater futuro de Caxias

Sugestão é que o Legislativo Municipal promova encontros antes das eleições de outubro


O vereador Edio Elói Frizzo/PSB propôs que a Câmara Municipal tome a iniciativa de realizar um fórum de discussão sobre a situação atual e futura do desenvolvimento econômico e social da cidade. A sugestão é que ocorram encontros em diferentes momentos, envolvendo todos os setores da sociedade visando à identificação de alternativas para enfrentar a atual crise que afeta a geração do emprego, da renda e arrecadação de tributos, além de reter e atrair negócios para a cidade. “As discussões deste ano podem servir de subsídios para a revisão do Plano Diretor que ocorrerá em 2017”, assinalou o parlamentar.

Em pronunciamento na sessão desta terça-feira (02/08) da Câmara Municipal, o socialista contestou matérias publicadas na imprensa diária, citando o Jornal Pioneiro, que atribuem a transferência de empresas para outros municípios à falta de iniciativas do poder público na infraestrutura. Frizzo destacou que nos quatro casos citados (mudanças da Keko, Cooperativa Aliança, Robertshaw e Plásticos Itália) não faltou empenho das administrações para a permanência dos projetos na cidade. “Afora a Robertshaw, que mudou para Manaus por ter recebido incentivos fiscais, as demais decidiram em função da oferta de terrenos pelas prefeituras ou da prestação de alguns serviços. Dá para imaginar a discussão nesta Casa se a Prefeitura sugerisse doar uma área de terra para uma destas empresas? Seriam muitas as ilações, na comunidade e na imprensa, de que alguém teria sido beneficiado”, afirmou.

Para Frizzo, não dá para dissociar a situação local da crise nacional, bem como é preciso considerar a elevado peso da logística na formação dos custos dos produtos caxienses. “Aqui a participação chega a 20%; na Região Sudeste não passa de 10% e, nos países desenvolvidos, é menos de 5%. Faltam estradas adequadas e outros meios de transporte, como ferroviário e pluvial, que possam reduzir este custo. E estas melhorias passam, necessariamente, por maior presença da União”, argumentou.

Inicialmente contrário, o vereador admitiu que a criação de novo Distrito Industrial e a ampliação do atual devem ser avaliados pela Prefeitura como forma de reter ou atrair empresas. Sua proposição é de investir em polos de desenvolvimento de várias atividades econômicas em diferentes pontos da cidade. “Mas não se pode desconsiderar que a Prefeitura investiu em outras áreas, como no abastecimento de água, no asfaltamento de ruas e estradas e em saúde como formas de melhorar a infraestrutura disponível”, cobrou.

Em aparte, o vereador Adiló Didomenico/PTB defendeu a criação de uma Companhia de Desenvolvimento no Município de forma a garantir, dentre outras medidas, o fim da exploração imobiliária, que dificulta investimentos, situação também reconhecida por Frizzo. Pedro Incerti/PDT criticou o posicionamento do Jornal Pioneiro por tentar responsabilizar o prefeito Alceu Barbosa Velho pela crise atual.

O também pedetista Gustavo Toigo manifestou posição contrária a incentivos fiscais para empresas já localizadas na cidade. “Eles são necessários para atrair grupos de outros setores, como Tecnologia da Informação, farmacêutico, energia e meio ambiente. A cidade precisa de nova vocação para salvar seu parque industrial”, justificou. Mas cobrou ações para, pelo menos, haver redução na burocracia estatal. “É vergonhoso o tempo que se dispende para abrir uma empresa”, criticou.

02/08/2016 - 18:23
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a) e Redator(a): João Roberto Hunoff - MTE 5.247

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