O vereador Gustavo Toigo/PDT defendeu a criação do programa intitulado “Força Militar Comunitária” no Estado, durante a sessão desta terça-feira (21/06), no Parlamento caxiense. O pedetista informou que apresentará a proposta ao governador José Ivo Sartori/PMDB, na próxima semana, sugerindo que Caxias do Sul seja a cidade-piloto da iniciativa.

Toigo está preocupado com a questão da insegurança no Rio Grande do Sul e, por isso, sugere aproveitar recrutas que estão concluindo o serviço militar no policiamento comunitário dos municípios. É essa a essência do programa “Força Militar Comunitária”, explicou. Segundo ele, a iniciativa pode ser implementada em caráter emergencial. “Na próxima semana, entregaremos a estruturação do programa ao governador do Estado e esperamos que ele leve adiante”, ressaltou.

Na opinião do vereador, três fatores devem ser analisados no contexto da segurança pública atual: sistema carcerário, reforma do código penal e combate à criminalidade por polícias estruturadas e bem equipadas. Como esses fatores não contemplam, hoje, a verdadeira necessidade da população e a realidade, Toigo avalia que reforçar o policiamento preventivo nos bairros e nos distritos, inserindo os militares nas equipes de policiais da Brigada Militar, pode ser uma alternativa de reforço do efetivo.

“Acredito que, com incremento no efetivo, podemos diminuir a criminalidade e aumentar a segurança pública. Convivemos, hoje, com um efetivo que é da década de 1980”, lamentou o parlamentar.

Pela ideia do vereador, ao fim do período no quartel, os soldados poderiam passar por um curso intensivo (dois meses) de legislação e técnicas de abordagem, tendo em vista que noções de armamento, tiro, disciplina e hierarquia já aprenderam. Toigo disse que conversou sobre a proposta com o comandante do 3º Grupo de Artilharia Antiaérea (GAAAe), tenente-coronel Márcio Faccin de Alencar, o qual teria a observado com bons olhos, ressaltando ser uma iniciativa que depende de decisão política.

A “Força Militar Comunitária” funcionaria por meio de convênio ou parceria entre o município, a Brigada Militar e o Exército Brasileiro, esclarece o parlamentar. Cada unidade da federação destinaria, como forma de pagamento, um salário mínimo (em um total de três), para servir de remuneração e pagamento das despesas de moradia, em um prazo inicial de dois anos.

Colega de bancada de Toigo, o parlamentar Pedro Incerti/PDT elogiou a proposta. O pedetista entende como urgente a implementação de ações que inibam os crimes de roubo, latrocínio e homicídio nas cidades.