O vereador Rafael Bueno/PDT, na plenária desta terça-feira (31/05), divulgou o fone “Disque 100” (de direitos humanos) e orientou a comunidade a denunciar casos de abuso envolvendo crianças e adolescentes. O parlamentar também lamentou os crimes de estupro a que são vítimas muitas mulheres brasileiras, a exemplo da jovem carioca de 16 anos, cujo episódio de violência foi divulgado recentemente.

Dados apresentados durante uma audiência pública da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (FPDDCA), realizada na última segunda-feira (30/05), no Legislativo caxiense, impressionaram o pedetista. “Foi um dos dias mais tristes de minha trajetória como vereador, por ouvir os relatos referentes a abusos e saber das autoridades que 338 crianças foram vítimas de abuso sexual e exploração, no período 2014-2015,em Caxias do Sul, que é a 5ª melhor cidade para se viver no país e a melhor do Rio Grande do Sul”, afirmou.

Conforme Bueno, não é possível mais ficar quieto diante de situações de violência na infância e também contra as mulheres. Por isso, estimula a comunidade a denunciar por meio do fone de número 100 (Disque 100). Ele lembrou que já denunciou dois estabelecimentos que permitiam a exploração sexual, os quais foram fechados em Caxias do Sul.

No entendimento do pedetista, não é porque a mulher veste uma roupa mais sedutora que tenha de ser vista com conotação sexual, quando homens são encontrados tranquilamente sem camisa em diversos espaços. “É lamentável saber que o Brasil ocupa o 5º lugar no ranking global de violência contra a mulher”, informou Bueno. O parlamentar também mencionou que 67% dos casos de abuso sexual são cometidos por pessoas da família ou próximas.

Bueno sugeriu à FPDDCA a elaboração de uma cartilha de conscientização contra o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes. Presidente da Frente, a vereadora Ana Corso/PT apoiou a ideia da cartilha e acrescentou outras duas demandas destacadas durante o encontro de segunda-feira (30/05). São elas: implantar mais conselhos tutelares na cidade e criar um comitê municipal contra a violência sexual a crianças e adolescentes que agregue as diversas entidades da área e ajude a organizar os registros hoje dispersos.