O vereador Renato de Oliveira/PCdoB repercutiu na sessão desta quinta-feira (10/03) a entrega de 340 moradias pela presidente Dilma Rousseff, em Caxias do Sul, na segunda-feira (07/03), por meio do Programa Minha Casa Minha Vida (PMCV). O parlamentar destacou que o investimento total da União nos 1.340 apartamentos construídos no Residencial Campos da Serra, divididos em 10 torres, superou o valor de R$ 85 milhões. A obra ainda teve a participação do governo do Estado e da Prefeitura de Caxias do Sul, que investiram na forma de doação de terrenos e na implantação de infraestrutura.

O vereador estimou em R$ 5 mil a média do valor pago por família beneficiada, com parcelas mensais, ao longo de 10 anos, variando de R$ 25 a R$ 80. “Isto é possível em razão de subsídios federais”, assegurou.

Também criticou lideranças políticas que menosprezaram o ato. “Não dá para aceitar afirmações de que a entrega destas casas não era importante, argumento usado para se ausentarem da solenidade.” Ainda condenou a polêmica criada na mídia pela retirada dos móveis do apartamento visitado pela presidente Dilma Rousseff.

O tema suscitou apartes de vários parlamentares. Zoraido Silva/PTB disse que tem restrições à presidente Dilma e criticou a defesa que ela fez, em seu discurso, do ex-presidente Lula, mas elogiou o programa habitacional por realizar o sonho das famílias carentes de ter a casa própria. Pedro Incerti/PDT afirmou admirar o programa que garante moradia decente para quem precisa.

Já Rodrigo Beltrão/PT defendeu o discurso da presidente Dilma, dizendo ser normal que os seus pronunciamentos tenham aspectos de natureza política. E assinalou que o prefeito Alceu Barbosa Velho tem por hábito fazer, em suas manifestações, críticas à oposição, inclusive agressivas, como em recente entrevista à emissora local, usando o termo “petezada” em relação ao PT.

Para Flavio Cassina/PTB, o PCMV é o maior programa realizado na construção civil nos últimos 30 anos, desde o fim do BNH (Banco Nacional da Habitação). Lembrou que, na condição de secretário municipal da Habitação, na gestão do prefeito José Ivo Sartori, participou da primeira reunião para constituição do programa, que teve as participações de ministros e prefeitos. O único erro, segundo ele, é o baixo valor pago pelo governo federal às construtoras, que resistiram, inicialmente, em participar. “O programa só se consolidou por causa das parcerias com estados e municípios.”

Rafael Bueno/PCdoB afirmou que o valor investido pelo governo federal em Caxias do Sul nada mais é do que o retorno pago em impostos pela população. E se disse frustrado pelo fato de a presidente Dilma Rousseff não ter garantido novas construções para a cidade. Renato Oliveira acrescentou que a cidade teria mais casas se houvesse mais terrenos. Ana Corso/PT lembrou afirmação da chefe do Executivo de que este programa habitacional é o maior da América Latina, com entrega média diária de 1,7 mil unidades desde seu início, totalizando perto de 2 milhões de moradias. “Isto é uma resposta aos que só pregam o pessimismo e à mídia golpista que só propaga crise”.