Um plano de carreira com a aprovação da categoria foi reivindicado pelo presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Caxias do Sul (Sindiserv), João Dorlan. Ele se manifestou na Tribuna do Livre do Legislativo caxiense, no plenário da Casa, no início da sessão ordinária desta quinta-feira (29/10). O presidente da Câmara, vereador Flavio Cassina, estava na condução da plenária.

Dorlan voltou a pedir a reclassificação de cargos e salários, a fim de corrigir a lei complementar 409/2012. “Ela criou distorções salariais, a ponto de funcionários em iguais cargos e funções terem diferenças de cerca de mil reais, na remuneração”, criticou. Na ótica dele, a situação prejudica a aplicação de políticas públicas.

Quanto ao plano de carreira, Dorlan recordou que o pleito vem de 20 anos. Lamentou os resultados do estudo de uma empresa terceirizada, contratada pela Prefeitura, em 2013, em mais de R$ 400 mil. Segundo ele, a minuta do plano poderia ter sido elaborada só pela comissão paritária. Afirmou que, no último dia 20 de agosto, no Colégio São José, uma assembleia de mais de mil servidores, por unanimidade, rejeitou o esboço apresentado pelo Executivo.

De acordo com o presidente do sindicato, agora, a categoria está desenvolvendo uma contraproposta. Explicou que a intenção é impedir alterações no Estatuto dos Servidores e preservar direitos adquiridos. Também pediu participação dos funcionários, no conselho gestor do IPAM-Saúde.

Em seguida, diversos vereadores se manifestaram sobre a situação do serviço público. Denise Pessôa/PT denunciou tentativas de retiradas de direitos. Pedro Incerti/PDT, que lidera o governo municipal na Casa, afirmou ser necessário pensar em um plano realista, para que a cidade não venha a atrasar salários, como já acontece na esfera estadual.