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Denise Pessôa critica a correção de 3% nas diretrizes orçamentárias estaduais de 2016

Ela enfatizou que a contenção de despesas tem provocado piora nos índices de criminalidade


O projeto de lei 177/2015, com as diretrizes orçamentárias estaduais para 2016, foi alvo de críticas da vereadora Denise Pessôa/PT, na sessão ordinária desta terça-feira (14/07). Ela classificou como baixo o índice de correção, de 3%, em relação ao volume de recursos estimado para o exercício de 2015. A matéria tinha apreciação prevista para a tarde de hoje, na Assembleia Legislativa.

A petista atentou que o reduzido percentual não possibilitará ao governo cumprir reajustes salariais já aprovados para os servidores públicos estaduais de diversas categorias, como as dos policiais civis e militares e dos professores. Ela usou o painel eletrônico do plenário, para exigir imagens de funcionários protestando em frente à Assembleia. Referiu que, semana passada, houve manifestação de cerca de dez mil pessoas, pelo mesmo motivo.

Denise alertou que, diariamente, a população tem sofrido com os cortes de despesas do governo do Estado, como a restrição de horas extras. Observou que as medidas prejudicam os serviços de educação, saúde e segurança, entre outros. "São menos policiais nas ruas", lastimou.

A parlamentar reproduziu um balanço estatístico da Secretaria Estadual da Segurança Pública que compara os primeiros três meses de governo de José Ivo Sartori (2015) com igual período do ex-governador Tarso Genro (2011). No período, conforme o estudo, houve aumentos nos roubos gerais (63%) e de veículos (39%) e no furto de veículos (34%). Portanto, de acordo com o levantamento, de janeiro a março deste ano, foram registrados 17.704 casos de roubos gerais e 3.971 de veículos, além de 4.868 furtos de veículos.

Na ótica da vereadora, os meses iniciais de Sartori, na administração estadual, configuram um cenário em que a maior parte dos assuntos só seria resolvida a partir da via judicial. Ela exemplificou por meio do pagamento salarial de servidores e da disponibilização de verba à saúde.

Ao término do seu pronunciamento, Denise também demonstrou receio de novas privatizações, no Estado, na mesma linha das conduzidas pelo ex-governador Antônio Britto (1995-1998). Recordou que, à época, foram alvo de vendas para a iniciativa privada alguns órgãos, como as extintas Caixa Econômica Estadual e Companhia Riograndense de Telecomunicações (CRT). Citou, ainda, deficiências estruturais na Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs) e na Rota do Sol (RSC-453).

14/07/2015 - 17:41
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a) e Redator(a): Fábio Rausch - MTE 13.707

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