O vereador Daniel Guerra/PRB reafirmou as críticas à menção sobre gênero no Plano Municipal de Educação (PME), aprovado na Câmara caxiense e sancionado pelo Executivo, neste mês. Na plenária desta quinta-feira (25/06), o republicano voltou a defender a retirada de termos como "orientação sexual" e "identidade de gênero" do PME (Lei nº 7.947, de 19 de junho de 2015).

No seu entendimento, as famílias têm de definir a educação que desejam dar aos filhos. "Ver Estado e governo querendo influenciar na educação das crianças é algo totalitário. Educar é direito dos pais e ensinar, um dever da escola", afirma. Guerra informa que, no Plano Nacional de Educação, os referidos termos foram retirados, assim como teria ocorrido no Plano Estadual de Educação (PEE) e no PME da Capital gaúcha. "Será que somente Caxias está certa em manter essas expressões e os outros estão errados?", questionou.

Além de criticar o prefeito Alceu Barbosa Velho pela sanção do PME, o republicano questionou a reunião que o Fórum Municipal de Educação (o qual envolve diversas representações) agendou para hoje, com o objetivo de esclarecer eventuais dúvidas sobre o PME de Caxias.

Guerra também considerou contraditória a postura de alguns vereadores caxienses porque teriam se colocado favoráveis ao texto do PME e, ao mesmo tempo, favoráveis à moção que ele próprio apresentou e foi aprovada em plenário na última terça-feira(23/06), repudiando a menção de "ideologia de gênero" nas diretrizes do PEE.

Conforme a moção, teóricos da "ideologia de gênero" afirmariam que ninguém nasce homem ou mulher, mas que cada indivíduo deve construir sua própria identidade ao longo da vida, isto é, seu gênero. Guerra se coloca contrário a esse entendimento. De acordo com o republicano, "se essa ideologia for aprovada, ela será ensinada em sala de aula para que nossos filhos e netos aprendam que eles não são meninos e meninas como ensina a ciência, a família e a tradição".