Um manifesto solicitando redução da violência em Caxias do Sul foi entregue ao Legislativo caxiense, durante a sessão ordinária desta quarta-feira (10/06). A partir de acordo entre as lideranças de bancada, o plenário abriu espaço para o jornalista Roberto Carlos Dias se manifestar em nome de um grupo que tem se mobilizado em busca de mais segurança na cidade.  

Entre as reivindicações do grupo, estão: implantação de mais um batalhão da Brigada Militar na cidade; nomeação de policiais civis e de brigadianos aprovados em concurso para ampliar o policiamento ostensivo; e criação de uma comissão na Câmara de Vereadores para tratar de segurança.

Da tribuna, Roberto Carlos explicou que muitos caxienses decidiram protestar principalmente após a morte de Maurício Weber, 26 anos. O jovem foi assassinado em um assalto, na madrugada de 18 de maio, em Caxias. "Vivemos um momento de insegurança gravíssimo e esperamos que esta Casa apoie nossa luta. Estamos reféns do medo. Em um pouco mais de 12 horas, ocorreram cinco mortes em nossa cidade. O episódio mais recente aconteceu ontem, com confronto entre Brigada Militar e assaltantes", relatou o jornalista.

Roberto Carlos disse que o grupo fez uma pesquisa sobre situações de violência registradas na cidade nos últimos meses. Conforme ele, se observado o número de habitantes, proporcionalmente, "Caxias do Sul está mais violenta que Porto Alegre". Somente neste ano, já aconteceram mais de 40 assassinatos no município, mencionou.

Diante desse cenário, Roberto Carlos informa que o grupo entregará o manifesto também ao prefeito Alceu Barbosa Velho e a outras autoridades. Conforme o jornalista, será conversado com o chefe do Executivo sobre a possibilidade de alterar as atribuições da guarda municipal, tendo em vista a necessidade de ampliar a segurança da população. Medida nesse sentido, de acordo com Roberto Carlos, já foi aprovada por lei em São Paulo.

No Parlamento caxiense, o "Manifesto em defesa da não violência em Caxias" foi entregue ao presidente, vereador Flavio Cassina, e será enviado também aos demais parlamentares.