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A preocupação com invasões em construções que fazem parte do programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, pautou o vereador Flávio Cassina/PTB na sessão ordinária desta terça-feira (12/08). O parlamentar relatou caso descoberto recentemente no bairro Campo Grande, na cidade do Rio de Janeiro, onde uma milícia explorava 1,6 mil apartamentos construídos pelo programa. Segundo Cassina, eles chegavam a lucrar R$ 1 milhão por mês com cobrança de taxas dos moradores.
Conforme o relato, cerca de 5 mil moradores eram obrigados a pagar valores mensais à quadrilha e estavam proibidos de comprar alimentos de outras fontes que não cestas básicas vendidas pelos criminosos. "Pessoas que se recusassem a pagar eram torturadas ou mortas", contou o vereador. Dentre os presos, Cassina destacou a presença de policiais militares e civis, ex-policiais, um militar do Exército, um agente penitenciário, um bombeiro e civis.
O vereador relatou que, quando esteve à frente da Secretaria Municipal da Habitação, a principal preocupação dos dirigentes era quanto a invasões. Cassina ressaltou que as datas preferidas para os invasores são períodos comemorativos, como o Natal e o Ano-Novo.
Conforme o parlamentar, já houve tentativa de invasão ao loteamento Campos da Serra, em 2009, controlada a tempo pela prefeitura. "O Minha Casa, Minha Vida é um programa que vem dando certo, e o loteamento Campos da Serra é um exemplo. Precisamos ser comunicados imediatamente sobre problemas, para que não se criem monstros como em outros locais do país", alertou, referindo-se ao acontecido no Rio de Janeiro.