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Na Tribuna Livre desta quinta-feira (14/03), o presidente da Associação de Usuários de Rodovias Concedidas (Assurcon), Juarez Colombo, fez um alerta em virtude dos últimos acontecimentos envolvendo ações judiciais que impedem o fechamento das praças de pedágio. Segundo ele, a primeira derrota dos usuários ocorreu em 8 de março, quando o polo de Carazinho deveria fechar as cancelas e uma liminar impediu esse procedimento, permitindo a continuidade da cobrança.
A ação favorável à concessionária deixou o dirigente pessimista também com relação ao fechamento da praça de Farroupilha, ato previsto para o dia 16 de abril. Na opinião de Colombo, a Justiça está equivocada quando dá parecer favorável às concessionárias que alegam desequilíbrio econômico financeiro.
Colombo apresentou números para defender o fim dos pedágios privados e reclamou da falta de investimentos das concessionárias. Citando como exemplo a praça comunitária de Portão, mostrou que nessa localidade 80% dos recursos são aplicados em melhorias na rodovia enquanto que, nos demais polos privados, essa destinação chega, no máximo, a 15%.
Disse ainda que, de acordo com a planilha de arrecadação elaborada pelas empresas no ato de assinatura dos contratos com o governo estadual, somente a praça de Caxias deveria arrecadar durante os 15 anos de vigência do contrato R$ 420 milhões. Entretanto, um ano antes dessa data, o valor já teria chegado a R$ 542 milhões. É um blefe. Não existe desequilíbrio econômico. E quem vai pagar pelo desequilíbrio econômico para estes usuários que já pagaram a mais e não receberam o serviço?, questionou.
Juarez Colombo convocou a população e todas as câmaras de vereadores para a realização de uma grande festa marcando o fechamento da praça de Farroupilha no dia 16 de abril. Caso a Justiça não conceda liminar em favor do Estado, no mesmo dia, será feito um manifesto em Linha Julieta para chamar atenção do Judiciário e defender o fechamento das praças pedagiadas.