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Uma reportagem em um jornal de circulação local, relatando a situação de abandono da antiga Cantina Pão & Vinho, motivou o vereador Rodrigo Beltrão/PT a fazer uma análise sobre o tema na sessão ordinária desta quinta-feira (28.02). O vereador chegou a ouvir moradores do bairro Santa Catarina sobre a problemática do prédio, que é tombado pelo patrimônio histórico do município. O parlamentar sugere que as autoridades transformem o local em um centro de cultura, a exemplo de que foi feito com o Centro de Cultura Henrique Ordovás Filho.
Até 1990, não se valorizava a cultura. Foi o prefeito Pepe Vargas quem criou a Secretaria da Cultura e o Fundoprocultura e, numa ação mais ousada, fez a reintegração de posse para retomar o prédio onde hoje funciona o Ordovás, lembrou.
Ele completou dizendo que o município entrou com processo de reintegração de posse e, em seguida, implementou o centro que hoje é uma referência de integração cultural em diversas áreas. Beltrão deseja que aconteça o mesmo com a Cantina Pão & Vinho e se transforme em um centro cultural por estar próximo a um polo de cultura que é a Casa de Pedra e os pavilhões da Festa da Uva. Aquela região, do ponto de vista cultural, é muito nobre e nós precisamos valorizar a nossa cultura, emendou.
Na visão do parlamentar petista, o primeiro passo para que a proposta ganhe força é a elaboração de um decreto declarando o imóvel de utilidade pública e depois indenizar a família proprietária. Pelo papel histórico, Beltrão, chamou a atenção de seus pares para que o Parlamento cumpra a missão de fiscalizar contribuindo de forma determinante para que o local não desapareça do mapa visual da cidade.
Os vereadores Mauro Pereira/PMDB, Flávio Cassina/PTB, Jaison Barbosa/PDT e Guila Sebben/PP manifestaram apoio ao tema proposto por Beltrão e se mostraram confiantes de que o governo de Alceu Barbosa Velho dará uma atenção especial no sentido de preservar o prédio e por consequência a história do município. Já o vereador Gustavo Toigo/PDT entende que é procedente a preocupação do município em tombar o prédio, mas disse também que é preciso ter cautela para não macular os direitos privados da família que é proprietária do imóvel. Rodrigo Beltrão finalizou lembrando que o título de Capital Nacional da Cultura, concedido a Caxias, acarreta maior responsabilidade sobre o tema.