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Lideranças do Judiciário, Câmara Municipal, Polícia Civil, Ministério Público e sociedade civil estiveram reunidas na manhã desta segunda-feira (21/05), para conversar com a procuradora do Ministério Público do Trabalho (MPT), Mônica Delgado Pasetto. A reunião, realizada na sede do órgão trabalhista tratou sobre os detalhes para a formalização convênio, que será elaborado nos próximos dias, onde o órgão vai repassar verbas ao Conselho da Comunidade de Caxias do Sul com o objetivo de viabilizar reforma na Penitenciária Estadual de Caxias do Sul, no Apanhador, oportunizando estudo e trabalho aos apenados com a adequação das salas de aula e pavilhões nas três galerias da unidade.
A presidente da Comissão Temporária Especial para o Enfrentamento da Violência, da Câmara, vereadora Paula Ioris/PSDB, e o presidente do Conselho da Comunidade, Jean Carbonera, são os articuladores do projeto. Na reunião também estavam presentes como convidados e interessados na iniciativa a juíza da Vara de Execuções Criminais de Caxias, Milene Fróes Dal Bó, o juiz da 3ª Vara Criminal, Rudolf Carlos Reitz, o defensor público Rafael Fernando Susin, o delegado da Polícia Civil Vitor Carbauba, o coordenador da Penitenciária, Jefferson Rossini, e representante da Legião Franciscana de Assistência aos Necessitados (Lefan), Domenique Grigolo.
A procuradora mostrou-se contente com a possibilidade do MPT contribuir com o projeto. “É tão bom pensar que o que a gente faz pode colaborar com um projeto desses porque acreditamos na lógica que o trabalho dignifica o homem e é pelo caminho da profissionalização conseguimos atingir esse objetivo”, pontuou Mônica.
A juíza Milene celebrou o início de um trabalho de ressocialização prisional e acredita que o estudo e o trabalho vão modificar o clima na unidade. O colega juiz Reitz também saudou a possibilidade da reforma porque, inclusive, vai viabilizar um local adequado para tirar do papel o projeto social de fraldas geriátricas proposto pela Lefan.
Ele explicou que a ideia trabalha na linha da solidariedade aproveitando o tempo livre dos apenados que confeccionariam fraldas para famílias carentes, um trabalho voluntário que permite a remissão da pena. “Muda bastante o perfil do preso quando ele trabalha, se qualifica. Existe um avanço social”, opinou o magistrado.
Pela proximidade e experiência com os presos, Rossini acrescentou: “quando ele sente que tem um investimento, ele se sente cuidado pela sociedade e a reincidência no crime é menor”.
A vereadora Paula resumiu dizendo: “vai gerar um círculo virtuoso em vez de vicioso no sistema prisional”.
A intenção é iniciar a reforma por etapas começando pelas salas de aula e pavilhão de trabalho da galeria B. A procuradora do MPT ficou responsável por formalizar os termos do convênio nos próximos dias. O repasse das verbas será feito ao Conselho da Comunidade, que vai contratar empresas para execução do serviço e fiscalizar a obra.
(Texto da jornalista Greice Demoliner Tedesco - Gabinete da vereadora Paula Ioris/PSDB)