Líderes de bancada do Legislativo caxiense repercutiram, durante a sessão ordinária desta terça-feira (27/03), o andamento do processo que apura denúncias contra o prefeito Daniel Guerra/PRB. Saúde, encaminhamentos do Supremo Tribunal Federal, Sala do Empreendedor e demandas de Santa Lúcia do Piaí também foram temas abordados no espaço das lideranças. Entre os parlamentares que se manifestaram em declaração de líder: Adiló Didomenico/PTB, Arlindo Bandeira/PP, Edio Elói Frizzo/PSB, Felipe Gremelmaier/PMDB, Flávio Cassina/PTB, Paula Ioris/PSDB, Renato Nunes/PR, Renato Oliveira/PCdoB, Rodrigo Beltrão/PT.

Em relação ao processo que apura denúncias contra o prefeito Daniel Guerra/PRB, o vereador Flávio Cassina/PTB questionou a ausência do chefe do Executivo durante as oitivas realizadas pela Comissão Processante e a tentativa de protelar o processo por meio judicial. A vereadora Paula Ioris/PSDB também lamentou o não comparecimento de Guerra quando chamado pela Comissão Processante. “Transparência e humildade são fundamentais na condução de uma cidade. É lamentável que o prefeito não tenha vindo. Mostra um desrespeito e não é desta Casa, mas da defesa (do Executivo no processo)”, ressaltou Paula, demonstrando preocupação com a situação da saúde pública atualmente.

Entre outros pontos abordados, o parlamentar Rodrigo Beltrão/PT entende que as disputas que eventualmente partirem das discussões sobre o pedido de impeachment não devem ocorrer entre os vereadores. Em sua opinião, a Comissão Processante está desenvolvendo um trabalho honrado.

Da bancada governista, o vereador Renato Nunes/PR saiu em defesa do prefeito Daniel Guerra e avaliou como genéricas as justificativas que o relator da Comissão Processante, Edio Elói Frizzo/PSB, apresentou no relatório que foi acolhido pelo grupo, dando início ao período de instrução. Sobre o indicativo de que o processo pode não ser acatado pelo plenário, Nunes considera adequado, tendo em vista que “pegaria mal para a cidade ter um prefeito cassado sem crime”. O republicano também disse que o povo continua apoiando Guerra e, por fim, chegou a classificar como “palhaçada” o processo em apuração na Câmara.

Em contrapartida, Frizzo pediu respeito ao republicano e disse que o trabalho da Comissão Processante tem sido muito sério e responsável. “Nos respeite, não estamos fazendo palhaçada. É coisa séria tudo isso. Há uma equipe dedicada trabalhando. A possibilidade de cassação de um prefeito é um processo gravíssimo”, ressaltou o socialista, lembrando que a denúncia contra o Executivo foi assinada por 29 cidadãos. Frizzo também lamentou acusações levianas que têm sido propagadas via redes sociais e observou que cada pessoa é dona da razão.

Em declaração de líder, o vereador Renato Oliveira/PCdoB informou sobre um encontro que os integrantes da Comissão de Saúde e Meio Ambiente, a qual o parlamentar preside, tiveram na Secretaria Municipal da Saúde (SMS). A reunião foi bastante solicitada pela vereadora Paula Ioris, diante de dificuldades pelas quais algumas pessoas têm passado para obter atendimento médico. O vereador sentiu que as manifestações da titular da pasta (Deysi Piovesan) e de responsáveis pelo Pronto Atendimento 24 Horas destoam. Por isso, no seu entendimento, a reunião não foi produtiva. O vereador Felipe Gremelmaier/PMDB contou que saiu mais preocupado do que entrou nesse encontro na SMS.

Já o vereador Arlindo Bandeira/PP ressaltou de forma positiva o Gabinete Itinerante do prefeito Daniel Guerra em Santa Lúcia do Piaí, recentemente. Segundo ele, a presença de cerca de 350 pessoas nesse encontro significa uma injeção de ânimo no Executivo. “A tônica foi a possibilidade de ter asfalto entre Santa Lúcia do Piaí e Linha Sebastopol e de Santa Lúcia a Vila Oliva”, comemorou.

O parlamentar Adiló Didomenico/PTB criticou atitudes recentes do Supremo Tribunal Federal, em que ministros chegaram a alterar a voz e dizer palavras ofensivas entre eles. O petebista também aproveitou o espaço para elogiar o município em relação ao funcionamento da Sala do Empreendedor e para sugerir a desvinculação do "habite-se" em relação ao "alvará de funcionamento" dos empreendimentos que vierem a ser autorizados, a exemplo do que a cidade de Farroupilha já estaria fazendo.