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Diretor do Senalba pede mais atenção da comunidade à Educação Infantil

Claiton Melo listou diversos pontos em que escolas conveniadas e privadas e os profissionais que atuam nelas passam por dificuldades


O diretor do Sindicato dos Empregados em Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social, de Orientação e Formação Profissional de Caxias do Sul (Senalba), Claiton Melo, conclamou a comunidade e o poder público a darem mais atenção à Educação Infantil na cidade. Da tribuna do Parlamento caxiense, em espaço cedido por líderes, o dirigente listou diversos pontos em que escolas conveniadas com o município e privadas e os profissionais que atuam nelas passam por dificuldades.

Segundo Melo, o Senalba Caxias tem 12 acordos coletivos vigentes, o que representa 600 entidades, organizações não governamentais, empresas, associações, entre outros estabelecimentos. Em sua manifestação em plenário, destacou os problemas da Educação Infantil prestada por unidades conveniadas com a prefeitura e também as privadas. “O Sindicato atua, mas há coisas que fogem do alcance sindical. São ações a curto prazo que somente serão possíveis com a ajuda de mais órgãos e da conscientização dos pais, que precisam fiscalizar mais e ficar vigilantes”, opinou.

Segundo Melo, na Educação Infantil conveniada, houve um ganho, que foi a redução de carga horária de 44 horas para 40 horas semanais, porém a demanda segue a mesma e a quantidade de profissionais não aumentou. “Os dois acordos coletivos (das escolas conveniadas e das privadas) não foram renovados. Todas as entidades e instituições se dizem sérias, mas, com a nova lei (trabalhista), nenhuma entidade quer passar pelo crivo do Sindicado. Qual será o medo?”, indaga o diretor, lamentando que as escolas querem mudar o acordo, para tirar eventuais estabilidades dos profissionais, possibilidade de atestados de comparecimento (que são apresentados pelos educadores, por exemplo, quando precisam tratar de algum assunto de seus próprios filhos referentes à educação ou à saúde) e prêmio assiduidade.

Em relação a algumas escolas privadas, Melo aponta a existência de estruturas inadequadas e de cardápios (ofertados aos alunos) que só constam no papel e não seriam realidade. Também reclama da baixa remuneração, com o piso bruto dos educadores no valor de R$ 1.364, sobrando um salário líquido de cerca de R$ 1 mil. Menciona ainda ausência de depósito de Fundo de Garantia Por Tempo de Serviço (FGTS), atrasos nos pagamentos mensais aos funcionários e na recarga do cartão de ônibus das cozinheiras, que, segundo ele, por vezes, precisam levar de casa alguns ingredientes para terminar o lanche ou o almoço dos estudantes.

“A Educação Infantil privada não atrai bons profissionais porque o salário é muito baixo. E as que recebem dinheiro público dizem que não pagam mais porque recebem pouco da prefeitura, que também atrasa o repasse. Já as escolas privadas elitizadas, que ficam nas regiões centrais, não pagam mais e ditam o ritmo de todo o resto. Elas pagam o mesmo piso e também atrasam salários”, aponta o dirigente.

 

20/03/2018 - 11:31
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a) e Redator(a): Vania Espeiorin - MTE 9.861

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