Na sessão ordinária desta quinta-feira (1º/02), o vereador Rafael Bueno/PDT foi à tribuna da Câmara o criticou o discurso do prefeito Daniel Guerra, ocorrido momentos antes. A manifestação do chefe do Executivo deu-se no início da plenária de hoje, como abertura do Ano Legislativo de 2018, em conformidade com a Lei Orgânica do Município.

Bueno tratou da quebra de convênio de permuta, que previa cedência de professores da rede municipal aos educandários estaduais. De acordo com ele, a situação não se restringe somente à Escola Clemente Pinto, mas a outras três instituições. Garantiu que a Comissão de Educação do Legislativo, da qual faz parte, buscará a manutenção do acordo.

O pedetista também criticou a dificuldade de contato dos parlamentares e da imprensa com o secretariado e primeiro escalão da Administração Municipal. Com relação à assistência social, rebateu as duas mil refeições anunciadas por Guerra, a serem distribuídas nas cozinhas comunitárias. Conforme ele, programas da administração anterior, como o Prato Solidário, espécie de banco de refeições coletivas, foi cancelado.

“Esse prefeito entrará na história de Caxias por ser o primeiro vaiado no plenário da Câmara”, declarou. Bueno abordou temas como a falta de diálogo com o setor cultural e o poder centralizador de Guerra, na tomada de decisões, como a gestão compartilhada do Pronto Atendimento 24h.

O vereador voltou a cobrar a abertura da Unidade Básica de Saúde (UBS) do Bairro Cristo Redentor e fez novas críticas à postura do prefeito, o qual classificou como antidemocrático. “Acredito piamente na seriedade das instituições e no poder dessa sociedade civil organizada. Em seu devido tempo, dará a resposta a esse desgoverno municipal. Agora, entendo o que o prefeito quer dizer com mini-Brasília. Ele só pode ser graduado com os políticos de Brasília”, salientou Bueno, fazendo alusão ao ex-ministro federal do PRB que apoiou a campanha eleitoral de Guerra.

O parlamentar encerrou o seu discurso, em espaço cedido pelo vereador Ricardo Daneluz/PDT, falando sobre os custos da campanha publicitária de prestação de contas, veiculada pelo Executivo, no final de 2017.