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A diretora de Saúde do Sindicato dos Servidores Municipais (Sindiserv), Fernanda Luiza Borkhardt, ocupou a tribuna da Câmara Municipal nesta terça-feira (09/01) para denunciar a situação do Pronto-Atendimento 24 Horas. Em espaço cedido por acordo de líderes de bancada, a dirigente expôs números, fotos, e responsabilizou o Poder Executivo pelo desmonte dos serviços do PA 24 Horas.
Fernanda relatou que o Postão necessita de reforma, investimentos e gestão. Acrescentou que a atual administração municipal agrava a situação ao agir como algoz com objetivo de determinar o fim do Pronto-Atendimento. Para a diretora, o Executivo adota essa postura por não concretizar seu plano de gestão compartilhada nesse serviço de saúde.
A dirigente lembrou que, em 20 de dezembro do ano passado, o Conselho Municipal de Saúde votou contra a intenção da prefeitura. Destacou que na assembleia, realizada na Câmara Municipal, o Sindiserv mostrou aos conselheiros que a administração pretendia reduzir em 23% os serviços do Postão.
Em contraponto, relatou Fernanda hoje no plenário, os servidores argumentam que, com R$ 13,2 milhões de investimentos, é possível criar 20 equipes de estratégia da saúde e manter o atendimento do PA. Conforme a diretora, o valor é bem menor do que a prefeitura desembolsaria para uma empresa gerir o Postão.
A sindicalista acrescentou que outra saída seria transformar o PA em Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Porte 3, o que garantiria R$ 4,5 milhões em verba federal para reforma e mais R$ 3,5 milhões anuais para manutenção.
Fernanda desqualificou a informação da secretária municipal da Saúde, Deysi Piovesan, de que houve redução de 18% nos atendimentos do PA para justificar a transferência de servidores desse serviço para Unidades Básicas de Saúde.
Segundo a diretora, a administração municipal chegou a esse percentual baseada em pesquisa feita no verão, quando historicamente cai a demanda. Ressaltou que essa avaliação precisa ser feita nos meses de frio, quando aumenta o número de pacientes.
Fernanda denunciou que o PA tinha em dezembro 93 técnicos em enfermagem e, agora, 78, sendo que a secretária da Saúde teria como meta reduzir para 68, inviabilizando o atendimento. Para finalizar seu espaço na tribuna, a representante do Sindiserv afirmou que o Executivo é irresponsável ao promover redução nos serviços e colocar em risco a saúde da população.