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Líderes tratam de recursos para cultura, iluminação e governabilidade

Vereador sugere um sábado para que Executivo e Legislativo avaliem futuro de Caxias


A responsabilidade da administração na aplicação de recursos do Financiarte em outras rubricas caracterizou uma ilegalidade, denunciou o vereador Rafael Bueno, do PDT. Baseado em entrevistas dos secretários da Cultura e de Gestão e Finanças, o pedetista concluiu que ambos reconheceram a ilegalidade que cometeram na realocação das verbas do Financiarte sob a alegação de existir outro entendimento jurídico diante do estabelecido em lei. No entender do vereador os dois secretários confirmam que cometeram ilegalidades.

Bueno destacou a despreocupação que percebe no atual governo com os investimentos na área da educação, comparado aos números registrados na gestão do ex-prefeito Alceu Barbosa Velho. Citando números de escolas construídas e adquiridas em 2016, o parlamentar criticou outras medidas que comprovam esta desatenção, entre as quais o fechamento das escolas do Educação de Jovens e Adultos (EJA), a falta de manutenção das escolas da rede municipal e o tratamento dispensado aos profissionais de educação infantil, hoje mobilizados e em greve. 

Citando os investimentos em educação básica, técnica e universitária promovidos durante os governos Lula e Dilma, o líder do PCdoB, Renato Oliveira, atacou a política do governo Temer. O comunista lembrou que o presidente não apenas reduziu, mas congelou os recursos aplicados nestas áreas, que o parlamentar entende vitais para o desenvolvimento da população mais humilde. Entre outas conquistas que realçou daquele período, está a inclusão de 7 milhões de estudantes no sistema.

No plano local, o vereador manifestou sua inconformidade com a promessa não cumprida pelo prefeito Daniel Guerra/PRB, de instalar nove luminárias no Residencial Rota Nova. Segundo o parlamentar, na inauguração do conjunto destinado a abrigar 420 famílias, construído na gestão anterior, Guerra se comprometeu a iluminar a área. O comunista ressaltou que foi a única obra assumida pela atual administração até o final de novembro, o que não fez até esta data. Renato receia que sejam verdadeiros os rumores de que o município pretende terceirizar também os serviços de iluminação.

Em aparte, Ana Corso/PT reforçou a análise feita por Renato quanto à política de exclusão que o governo federal vem promovendo via corte de recursos que beneficiam não só a educação, mas ciência e tecnologia. 

O líder do PTB, Adiló Didomenico, propôs a realização com a maior urgência de um “Pacto por Caxias”, encontro que duraria um dia, possivelmente um sábado, do qual participariam o prefeito e seu vice, mais todos os vereadores. O objetivo seria alinhar as informações sobre para onde vai Caxias e assim recuperar a governabilidade em um momento de tantos desencontros.

O parlamentar lembrou os conflitos criados ao longo dos últimos meses, como o que acaba de ser enviado à Casa tratando do orçamento para a Lei do Fiesporte. Embora a redução dos recursos seja justificável diante uma anunciada queda na arrecadação do Executivo, Adiló aponta a contradição que surge ao não encaminhar o REFIS, alternativa sugerida pelo Legislativo. Por isso, apontou o parlamentar, a necessidade de reestabelecer os canais de comunicação e pensar nos interesses da coletividade. Finalizou sua fala manifestando preocupação diante do prejuízo que identificou nos balanços da CODECA, que até novembro foi de R$ 9,6 milhões.

30/11/2017 - 14:09
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a): Clever Moreira - 8697
Redator(a): Paulo Cancian - MTE 3.507

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