Com profissionais da Saúde, Cultura e Educação presentes no Plenário, a vereadora Gladis Frizzo/PMDB se pronunciou no Grande Expediente, em sessão ordinária nesta terça-feira (28/11). A parlamentar tratou da demissão dos profissionais de escolas de Educação Infantil conveniadas com o município e destacou que a principal reivindicação da categoria é ser atendida pelo Executivo, além da manutenção dos salários para o próximo ano.

Os profissionais realizaram manifestação na última segunda-feira (27/11), mas a comissão formada para conseguir uma audiência recebeu a informação de que o prefeito Daniel Guerra/PRB estaria com a agenda lotada. A decisão foi de manter a greve por tempo indeterminado.

Gladis ressaltou o apoio dos servidores da Saúde, sindicatos e outras categorias à manifestação, tendo em vista que os funcionários públicos presentes no plenário questionam a proposta de gestão compartilhada do Postão 24 Horas e a gestão da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Zona Norte.

Outra questão abordada pela vereadora na tribuna foi a intenção da Fundação de Assistência Social (FAS) de Caxias do Sul de fechar um dos abrigos para crianças e adolescentes. Conforme Gladis, a FAS mantém os abrigos Estrela Guia e Sol Nascente e, se um dos abrigos for fechado, as crianças atendidas passariam para uma casa lar ou para uma família acolhedora. “Mesmo que a intenção seja a abertura de três novas casas lares, que se somarão às 12 existentes no município, a proposta dos abrigos é diferente”, explicou.

Os abrigos são munidos de uma equipe técnica composta por assistente social e psicólogo, informou a peemedebista, acrescentando que os locais de acolhimento registram superlotação em Caxias do Sul. Para a vereadora, o fechamento de abrigo para crianças e adolescentes não vai solucionar o problema. Ela sugeriu a criação de uma casa de passagem com procedimentos de acolhida menos burocráticos e mais eficazes.

Em aparte, o vereador Gustavo Toigo/PDT disse que o governo é livre para escolher os métodos de contratação dos profissionais, mas que a redução de salário de quem atua na Educação Infantil é inaceitável. Segundo ele, é preciso tratar a Educação com prioridade máxima no município. O vereador Edson da Rosa/PMDB lamentou a situação. “Não está se levando em conta o diálogo. Todas as gestões passaram por isso, mas sempre se escutou o segmento”, lembrou.

Ainda em aparte, sobre a questão cultural de Caxias do Sul, o vereador Paulo Périco/PMDB classificou como um escárnio a administração entregar Projeto de Lei Orçamentária com R$ 10 milhões para o Gabinete do Prefeito, mas somente R$ 600 mil para a área cultural da cidade.