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O vereador Édio Elói Frizzo/PSB considera questionável a proximidade do prefeito Daniel Guerra/PRB com o ministro da Indústria e Comércio Exterior, Marcos Pereira, que é do mesmo partido do mandatário e foi flagrado pela Operação Lava Jato supostamente acertando propina com a JBS. A manifestação do socialista ocorreu na sessão ordinária desta quarta-feira (11/10) na Câmara Municipal.
O parlamentar iniciou seu pronunciamento mostrando uma foto de Guerra com o ministro, que é ex-presidente nacional do PRB, e o deputado estadual Carlos Gomes, dirigente do partido no Rio Grande do Sul. Intitulada “Guerra e a sua Nova Política no PRB”, a imagem foi feita em Caxias do Sul e é considerada emblemática por Frizzo.
Na opinião do socialista, o registro deixa claro quem são os interlocutores do prefeito fora da cidade. O vereador considera estranha a relação entre Guerra e Marcos Pereira, suspeito de acertar propina de R$ 6 milhões com o dono da JBS por meio de ligação telefônica. Lembrou que o PRB nacional foi a maior fonte de verba na campanha de Guerra à prefeitura, com R$ 230 mil declarados ao Tribunal Eleitoral.
Frizzo ressaltou que, quando era vereador e na disputa municipal, Daniel Guerra se colocava acima de qualquer suspeita. Porém, o prefeito não se manifestou sobre o ministro ser flagrado na Lava Jato, observou o vereador. O parlamentar questionou se os recursos da campanha de Guerra estão manchados e classificou como “coerência zero” a forma de agir do prefeito em relação ao discurso eleitoral.
Em aparte, Rafael Bueno/PDT se disse impressionado pelo fato de Daniel Guerra ignorar a vinda de outros ministros a Caxias do Sul e prestigiar apenas a presença de Marcos Pereira. Também ressaltou que o prefeito afirmava que jamais receberia dinheiro de partido para campanha.