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Deficiências na rede de saúde e tarifa dominam fala dos líderes

Cobrada solução para greve dos médicos e preço do transporte


A utilização demagógica da visita que Daniel Guerra fez ao Postão na terça-feira (31) abriu o segmento de declarações de líderes na sessão desta quarta-feira (31) da Câmara de Vereadores. Renato Oliveira/PCdoB criticou o “picadeiro” em que se transformou a visita previamente programada pelo Executivo, durante a qual mereceu aplausos dos usuários da rede de saúde que estavam no local. O vereador sustenta que foi uma claque organizada.

O parlamentar disse que a postura do prefeito não é de gestor, buscando solução para o impasse que aflige a população. Ele estranhou o fato de três pediatras estarem atendendo no Pronto Atendimento 24hs, quando não é esta a realidade que ele e outros vereadores têm constatado em outros dias. Atribuiu esta presença a “varinha mágica” de Guerra, que não tem sido competente para buscar uma saída para o impasse que prejudica a população.

O líder do governo, vereador Chico Guerra/PRB, em aparte informou que nesta quarta-feira também três pediatras estavam à disposição dos pacientes no Postão.

O vereador Rafael Bueno/PDT criticou o constrangimento dos médicos e funcionários da Saúde diante da atitude do prefeito de atribuir a eles a situação enfrentada pela população.

O vereador Adiló Didomênico/ PTB discorreu sobre o equívoco da administração no caso do reajuste das tarifas de ônibus, delegando ao Judiciário a responsabilidade pelo reajuste que era líquido e certo, e que deve resultar numa dívida para o município de dois milhões de reais em favor da empresa, correspondente a manutenção dos preços entre janeiro e junho.

Ponderou que se tivesse diálogo com a Visate, prestadores de serviços do transporte municipal e setores da sociedade para avaliar as gratuidades teriam sido possíveis não apenas manter os R$ 3,40, mas reduzir a passagem para R$ 3,17. Para ele esta conta em favor da concessionária virá logo e a população terá que pagar pelo comportamento da Administração, que sequer apresentou seus cálculos para reajuste.

Em aparte o vereador Alceu Thomé/PTB avalizou a análise de Adiló e narrou o drama de família que precisou e não conseguiram serviços funerários públicos. Ao recorrer aos órgãos de assistência social do município, foram informados que a cota mensal havia se esgotado. Foram as empresas funerárias de Caxias que de forma generosa resolveram o problema. Para ele a legislação sobre estas cotas necessita imediata revisão.

O vereador Neri Carteiro/SDD concordou com Adiló quanto à necessidade de rever gratuidades, mas não apoia a ideia de retirar os operadores de sistema. O vereador Flávio Cassina/PTB agregou ao debate a possibilidade de decretar a isenção da cobrança do ISS, o que já garantiria redução da do valor da passagem.

O vereador Ricardo Daneluz/PDT fez relato sobre as indicações que tem encaminhado ao Executivo pela melhoria dos serviços de saúde nas comunidades do interior. Referiu à situação da UBS de Vila Oliva e de Ana Rech que carece de médicos, a necessidade de ambulância sediada em Fazenda Souza para atender com presteza os distritos e esforço que levou a gestão anterior a desapropriar área de um hectare destinada à construção de novo posto de saúde em Vila Oliva. Lá subprefeitura e UBS ocupam o mesmo prédio.

Daneluz exibiu vídeo sobre as promessas eleitorais de Guerra durante a campanha, que não se cumpriram, e concluiu manifestando sentimento de impotência das comunidades do interior diante da falta de atenção a seus pleitos. Em aparte o vereador Renato Oliveira, aludindo o pronunciamento do vereador Thomé sobre serviços funerários, lamentou a decisão do prefeito de extinguir serviços de assistência social importantes para a população.

Em fala de líder, a vereadora Paula Ioris/PSDB centrou seu pronunciamento no significado do termo responsabilidade. E questionou de quem seria a responsabilidade por não ter havido ainda uma solução para o problema da greve dos médicos, cujos profissionais vem sendo demonizados pelo Executivo. Igualmente em relação aos serviços de transporte coletivo urbano, cujo equilíbrio econômico e financeiro da concessionária, tem que ser garantido pelo município. Finalmente apelou para o necessário equilíbrio e responsabilidade das partes nos dissídios coletivos que estão encaminhados. Para ela é fundamentar preservar postos de trabalho na cidade.

Em aparte o vereador Elisandro Fiuza/PRB parabenizou a vereadora Paula pela fala. Mas ponderou que a responsabilidade pelos problemas que vem ocorrendo na párea da saúde em Caxias também cabe aos médicos que aderiram à greve, mesmo reconhecendo seus direitos.

31/05/2017 - 16:54
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a) e Redator(a): Paulo Cancian - MTE 3.507

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