Voltar para a tela anterior.

Tarifa de ônibus é destaque em declarações de líderes

Parlamentares repercutiram decisão judicial que autoriza aumenta à Visate


A decisão do Tribunal de Justiça do Estado pelo aumento da tarifa do transporte coletivo de Caxias do Sul foi o destaque das declarações de líderes de bancada da Câmara Municipal nesta terça-feira (02/05). Os vereadores culparam a falta de diálogo do Poder Executivo com a Visate e alertaram sobre o prejuízo que isso representa à comunidade.

O primeiro a se pronunciar foi Rafael Bueno, pela bancada do PDT. Afirmou que, após a crise na saúde pública, mais uma vez a população será prejudicada por falta de gestão do prefeito Daniel Guerra/PRB. Chamou-o de incompetente, declarando que Guerra age com soberba.

O pedetista ressaltou que a questão do transporte não precisava ter chegado à Justiça. Segundo o parlamentar, poderiam ter sido revistas cláusulas contratuais, como ampliar a vida útil dos ônibus, o que impactaria menos na tarifa. Rafael Bueno acrescentou no momento certo votará contra o monopólio, mas isso só poderá ocorrer em 2020.

“Não podemos ser reféns de prefeito amador. Ele terá de deixar de investir na saúde, educação, saneamento, para pagar multa por falta de diálogo. Seja humilde, diminua sua soberba, seu ego. Veja quantas pessoas acreditaram no senhor”, declarou.

Em aparte, Paula Ioris/PSDB ressaltou que os vereadores nunca falaram em aumento de passagem, mas da importância do diálogo entre a prefeitura e a Visate:

“As pessoas falam que a Câmara não deixa o prefeito trabalhar. Não é isso. Queremos que revejam a planilha de custos, que haja diálogo nessa negociação. Não é a Justiça que tem de administrar nossa cidade”.

Pela bancada do PSB, Elói Frizzo explicou que o contrato não deixa dúvida sobre o direito da Visate em rever a tarifa anualmente. Lembrou que houve reajuste dos trabalhadores rodoviários e retirada da isenção da cobrança de ISS. Assim, conforme o vereador, o Executivo tentou confundir a população, colocando a responsabilidade pelo congelamento da passagem no Conselho Municipal dos Transportes. Ocorre que a prefeitura tem maioria dos conselheiros.

Agora, na avaliação de Frizzo, o prefeito usará a Justiça como muleta, para argumentar que foi ela quem determinou o aumento e não o Executivo.

“Mas a população gradativamente vai compreendendo o grandioso equivoco dessa candidatura, como se nossa cidade estivesse largada. Elegemos esse sujeito pelos próximos quatro anos e nos quatro meses não vi nenhuma grande obra e nem anúncio para próximos quatro anos no plano plurianual”, afirmou.

Em declaração de líder do PSDB, Paula Ioris elogiou reportagem da edição de hoje do Pioneiro, produzida pela jornalista Raquel Fronza. A matéria alerta para a evasão escolar em Caxias do Sul, informando que no ano passado 4.211 alunos foram dados como infrequentes, ou seja, ausentes por cinco ou mais dias da escola. Já 2.724 não voltaram para a sala de aula.

Diante desses dados, a tucana mostrou preocupação porque essa situação acaba refletindo na vulnerabilidade de jovens e, consequentemente, na violência. A vereadora disse que muitos pais estão preocupados e, inclusive, pedem a volta do projeto Família na Escola, que integra alunos, pais e professores.

Em aparte, Edson da Rosa/PMDB falou da necessidade de ação municipal e estadual para combater a evasão, ressaltando que as famílias precisam estar mais presentes na vida escolar. Citou como caminho as Comissões Internas de Prevenção de Acidentes e Violência Escolar (Cipaves) e o Família nas Escolas.

“Precisamos buscar como está o andamento desses projetos e como a Câmara pode estimulá-los nas escolas”, comentou Edson.

Paula Ioris informou que esteve reunida semana passada com o comandante do 12° Batalhão de Polícia Militar e a

coordenadora da Cipave, que tem meta de envolver mais 122 escolas no Estado e 56 em Caxias.

Em aparte, Alberto Meneguzzi ressaltou que educação é uma área que o governo não pode economizar, sendo prioridade na gestão municipal.

Também em aparte, Gustavo Toigo/PDT citou a Cipave como projeto inovador no Governo Sartori e que ele deve ser continuado.

Em declaração de líder do PTB, Adiló Didomenico informou que o Sindicato das Indústrias da Construção Civil (Sinduscon) contratou o escritório de Jaime Lerner (respeitado arquiteto e urbanista brasileiro) para auxiliá-lo, já que não consegue audiência com a prefeitura.

“Estamos no quinto mês do ano e o Conselho Municipal do Planejamento ainda não se reuniu. Levamos ao prefeito nossa preocupação com a votação do plano do cascalho, mas nada foi feito”, comentou.

O petebista também falou sobre a tarifa do ônibus. Negou que ele, Frizzo e Rafael sejam contra gratuidade de idosos, como divulgaram em rede social, e alertou que o município já deve R$ 8 milhões à Visate e que o povo acabará tendo de pagar essa conta.

Em aparte, Gustavo Toigo ressaltou a necessidade urgente de diálogo entre o Executivo e a Visate para resolver a questão da passagem.

 

 

 

 

02/05/2017 - 12:14
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a) e Redator(a): Clever Moreira - 8697

Ir para o topo