Voltar para a tela anterior.
Em linha com críticas anteriormente feitas no plenário da Câmara Municipal pela bancada do Partido dos Trabalhadores, o vereador Rafael Bueno/PDT cobrou soluções da Secretaria Municipal da Saúde para a falta de medicamentos na rede pública. Segundo ele, pacientes com doenças, como diabetes e colesterol, não estão conseguindo dar continuidade ao tratamento, correndo o risco de morrer. Citou, em especial, manifestação vinda da entidade RimViver, que atende portadores de doenças renais. “As pessoas estão desesperadas com esta situação”, afirmou, reconhecendo, no entanto, que o problema não se limita à cidade, mas é nacional.
Em pronunciamento na sessão desta quinta-feira (17/11), o pedetista também criticou a PEC 241, de autoria da União, que fixa tetos para as despesas públicas. Segundo Bueno, a proposta, já aprovada na Câmara Federal e que aguarda decisão do Senado, trará ainda mais problemas à saúde.
O vereador emendou com críticas ao descarte de medicamentos vencidos no Rio Grande do Sul. Nos últimos cinco anos, houve prejuízo de R$ 26,7 milhões aos cofres públicos por perda de validade dos remédios. Segundo a Secretaria da Saúde do Estado, 80% dos medicamentos descartados são enviados pelo Ministério da Saúde e perdem validade nos municípios. Já a Federação das Associações dos Municípios responsabiliza a falta de planejamento da União. “Neste jogo de empurra quem perde é o contribuinte”, assinalou.
Relatou, no entanto, que por meio de novos mecanismos de gestão e controle de rotinas, baixou o volume de descartes. Nos últimos cinco anos, houve descarte de 50 mil quilos de remédios. Em 2015, foi de 5 mil quilos, queda de 40% sobre o ano anterior. “Espera-se em mais redução com a informatização dos estoques e com modificações no espaço físico do Almoxarifado Central Estadual”, acrescentou.
Aproveitando os investimentos em informatização do estado, o vereador do PDT trouxe o tema da gestão para Caxias do Sul. Afirmou acreditar que, a partir de 2017, a situação da Prefeitura melhore porque o prefeito eleito, Daniel Guerra/PRB, assegura que o problema não é a falta de recursos. “Continuarei cobrarei soluções da União e do Estado, mas também do novo prefeito, pois ele entende que o problema local é apenas de gestão”.