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A postura do presidente do Senado, Renan Calheiros, com supostas tentativas de prejudicar o andamento da operação Lava Jato, que apura crimes de corrupção no setor público, voltou a ser alvo de críticas do vereador Adiló Didomenico/PTB. Na sessão ordinária desta quinta-feira (17/11), o parlamentar lembrou recente moção, de sua autoria, em repúdio a esses movimentos do senador. Para Adiló, ao tentar dificultar reajustes salariais da magistratura, Renan estaria buscando formas de inibir as investigações, conduzidas pela Polícia Federal e por juízes.
O vereador petebista ressaltou que Renan já possui em torno de 12 processos contra ele, com diversas acusações. Adiló chegou a propor ao presidente da Câmara Municipal, vereador Edi Carlos Pereira de Souza, moção coletiva dos vereadores locais, em favor da Lava Jato.
Enquanto isso, o vereador Elói Frizzo/PSB relativizou o tom adotado por Adiló. O socialista reconheceu supostos atos corruptos de Renan. Considerou, porém, positivo o fato de o presidente do Senado criar empecilhos para a ampliação do teto do Judiciário. “Hoje, esse limite é de R$ 33 mil e pode passar para R$ 39 mil. É um absurdo o chamado efeito cascata, que atinge todos os juízes, independente da realidade financeira de cada estado”, destacou Frizzo. Ele também questionou o auxílio-moradia mensal, de R$ 4,9 mil, concedido a magistrados.
Em seguida, o vereador Guila Sebben/PP ressaltou que, motivada por moção da Câmara, apresentada por ele, a senadora Ana Amélia Lemos/PP acaba de propor o fim do foro privilegiado, no Brasil. O vereador Gustavo Toigo/PDT apoiou toda medida que for anticorrupção, no país. Para o vereador Felipe Gremelmaier/PMDB, ninguém mais seria capaz de obstruir a Lava Jato.