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Maria Helena Binelli Catan receberá o título de Cidadã Caxiense

O projeto que concede a honraria para a médica e escritora passou em segunda discussão na sessão ordinária desta terça-feira (29/04) e será entregue à homenageada em 8 de maio


Em segunda discussão, na sessão ordinária desta terça-feira (29/04), passou o projeto de decreto legislativo (PDL) nº 3/2025, que concede o título de Cidadã Caxiense para a médica e escritora Maria Helena Binelli Catan, 92 anos. Essa distinção é concedida em reconhecimento aos relevantes serviços prestados pela profissional à comunidade de Caxias do Sul. Maria Helena é pelotense e chegou à Serra Gaúcha na década de 1960.   

A proposta da honraria, que recebeu o voto unânime do plenário e será entregue em 8 de maio, às 19h, na sede legislativa, é da vereadora Rose Frigeri/PT. Também conta com assinatura de mais 13 legisladores: Aldonei Machado/PSDB, Andressa Campanher Marques/PCdoB, Andressa Mallmann Bassani/PDT, Calebe Becher Garbin/PP, Claudio Libardi Junior/PCdoB, Daiane Mello/PL, Edson da Rosa/Republicanos, Estela Balardin da Silva/PT, Juliano Valim Soares/PSD, Marisol Santos/PSDB, Rafael Malcorra Bueno/PDT, Sandra Bonetto/ NOVO e Tenente Cristiano Becker /PRD. Durante a sessão de hoje, a leitura do documento registrando a trajetória da futura homenageada foi feita pelos vereadores Estela e Claudio, em razão de a principal autora, parlamentar Rose Frigeri, estar em representação.

De acordo com o texto, Maria Helena nasceu em Pelotas/RS, no dia 4 de novembro de 1932. Filha de Mário Binelli e Aurora Maubrigades Binelli, mudou-se com a família para São Paulo ainda bebê, com 40 dias e, depois, para o Rio de Janeiro. Realizou os cursos Primário, Ginasial e Científico no Colégio Brasileiro de São Cristóvão, no Rio de Janeiro, de 1941 a 1950. Em 1952, ingressou no curso superior na Universidade do Brasil, Faculdade Nacional de Medicina, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (1952 a 1957). Dois anos depois, começou a trabalhar como técnica de Laboratório de Análises Clínicas do Hospital Servidores do Estado.
 

  O exercício da medicina

Entre 1956 e 1957, foi aprovada em concurso para a Maternidade Escola do Rio de Janeiro, onde exerceu função de obstetra. Ainda nesse período foi selecionada como plantonista do Hospital de Pronto-Socorro Souza Aguiar. De 1958 a 1959, fez especialização em Pediatria como médica estagiária. Na época, participou da formação “Parto sem Dor”, curso ministrado pelo obstetra francês Fernand Lamaze, no Hospital Servidores do Estado.

Em 1960, casou-se com Farjalla Catan, também médico e colega de turma. Nessa época, foi efetivada como médica do Instituto de Previdência e Aposentadoria dos Servidores do Estado (Ipase). E, quando seu marido foi engajado como médico militar, transferiram-se para Campo Grande, no Mato Grosso. De meados de 1960 a 1962, trabalhou como médica do corpo clínico do Hospital da Sociedade Beneficente de Mato Grosso e da Maternidade da Associação de Amparo à Maternidade e Infância.


    Vinda para Caxias do Sul

Em 1963, o marido foi transferido para Caxias do Sul, onde se estabelecem definitivamente. Em solo caxiense, montaram uma clínica particular, quando Maria Helena retomou suas atividades como médica funcionária pública. Em 1967, já na gravidez da terceira filha, ingressou, juntamente com o marido, em um clube de serviço, o Lions Clube Caxias Centro.

Nesse período, já como integrante efetiva da Associação Médica de Caxias do Sul (Amecs) e Associação Médica do Rio Grande do Sul (Amrigs), na Diocese de Caxias do Sul, ministrava Curso de Orientação de Noivos. No início dos anos 1970, fez a Formação de Planejamento Familiar na Sociedade Civil Bem-Estar Familiar no Brasil (Bemfam) do Rio de Janeiro. No retorno a Caxias, deu início à Orientação de Paternidade Consciente na sua clínica. Pelo Lions Clube, em 1970, promoveu uma ação para evitar o fechamento do Lar da Velhice São Francisco de Assis.

De 1969 a 1993, teve diversos artigos científicos publicados e, por aproximadamente 25 anos, realizou palestras preparando multiplicadores para atuarem em comunidades carentes, abordando questões de higiene, saúde e bem-estar, planejamento familiar e métodos anticoncepcionais (1970 a 1995). Em 1979, fez curso na Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG). Em exercício do serviço no Lions, iniciou sua produção textual em preces e instruções leonísticas. Recebeu a mais alta distinção leonística: o Prêmio Internacional Melvin Jones.


   Iniciativas

Maria Helena colocou em prática o atendimento inovador chamado Sala de Espera. Ajustou e efetivou esse formato no Ambulatório do Climatério da Universidade de Caxias do Sul. Baseado em referências e estudos de experiências similares que ocorriam pelo país, a espera para o atendimento médico individual passou a ser utilizada no sentido de criar um espaço acolhedor, possibilitando um espaço de fala e escuta em grupo com profissionais da saúde e com a participação da médica, que na sequência faria o atendimento individual. Esse espaço de escuta e fala, realizado de forma gratuita, evoluiu e configurou uma prática que foi mantida no Ambulatório da Universidade de Caxias do Sul, no SESI e, depois, no Campus Universitário, onde o ambulatório se instalou.


   Também professora e escritora

Maria Helena fez parte do corpo docente da Faculdade de Medicina da UCS, na disciplina “Promoção e Proteção da Saúde da Mulher e do Adolescente”, no período de 1994 a 2002. Em 1993, participou das reuniões da Associação Regional de Apoio à Terceira Idade (ARATI), posteriormente estruturada como a Universidade da Terceira Idade (UNTI), na UCS.

Em 1995, participou da primeira oficina de poesia e crônica e, em 1997, passou a integrar a União Brasileira de Trovadores - Seção Caxias do Sul. Em 2001, lançou seu primeiro livro de poesias, intitulado “Luz Difusa”. Naquele mesmo ano, foi empossada na Academia Caxiense de Letras, ocupando a cadeira 39.

Em 2007, iniciou pós-graduação em Literatura Infanto Juvenil e, em 2015, foi escolhida “Amiga do Livro” na Feira do Livro de Caxias do Sul. O segundo livro de poesias veio em 2023, intitulado “Reticências”. De 1999 até os dias atuais, vem publicando suas trovas com o intuito de manter vivo esse movimento artístico. Entre os escritores que aprecia, está o mato-grossense Manoel de Barros.

 

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 3/2025

Vereador – Partido - Voto

ALDONEI MACHADO PSDB Sim

ALEXANDRE BORTOLUZ PP Sim

ANDRESSA CAMPANHER MARQUES PCdoB Sim

ANDRESSA MALLMANN PDT Não Votou

CALEBE GARBIN PP Sim

CLAUDIO LIBARDI JUNIOR PCdoB Sim

DAIANE MELLO PL Sim

DANIEL SANTOS REPUB Sim

EDIO ELÓI FRIZZO PSB Sim

EDSON DA ROSA REPUB Sim

ESTELA BALARDIN PT Sim

HIAGO STOCK MORANDI PL Sim

JULIANO VALIM PSD Sim

LUCAS CAREGNATO PT Sim

MARISOL SANTOS PSDB Não Votou

PEDRO RODRIGUES PL Sim

RAFAEL BUENO PDT Não Votou

RAMON DE OLIVEIRA TELES PL Sim

ROSELAINE FRIGERI PT Não Votou

SANDRA BONETTO NOVO Sim

SANDRO FANTINEL PL Sim

TENENTE CRISTIANO BECKER PRD Sim

WAGNER PETRINI PSB Sim

29/04/2025 - 11:52
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a) e Redator(a): Vania Espeiorin - MTE 9.861

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