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Celebrando os 25 anos de instituição, representantes do Centro de Formação Profissional Murialdo (CFPM) manifestaram-se, durante o espaço da Tribuna Livre da Câmara Municipal, na plenária desta quarta-feira (13/11), a respeito das atividades realizadas pela entidade. As declarações foram feitas pelo presidente do centro, Gilberto da Câmara; pelo supervisor da Ação Social Murialdo, Elo João Back; pela coordenadora, Cheila Maria da Silva.
O presidente iniciou citando o artigo 69 do Estatuto da Criança e do Adolescente, que estabelece que o adolescente tem direito à profissionalização. A citação ajudou a elucidar as principais propostas do CFPM: acolher, educar e preparar jovens, de acordo com a realidade de cada um, para que desenvolvam um perfil profissional e consigam oportunidades de trabalho como jovens aprendizes. Gilberto afirma que o método adotado pelo centro é espelhado em São Leonardo Murialdo, que acolhia e incentivava estudantes de acordo com quem eles eram, e não como os idealizavam. Ele concluiu expressando o orgulho que sente pelos 25 anos de história da instituição. “Para nós, é motivo de orgulho ouvir um profissional bem-sucedido dizer que foi aprendiz do CFPM”, avalia.
Na sequência, João Back contou um pouco sobre a história da fundação do centro. De acordo com ele, no final da década de 1990, percebeu-se a necessidade de prestar assistência aos adolescentes que encerravam o semi-internato, administrado pela Ação Social Murialdo, após os 14 anos, para que desenvolvessem habilidades profissionais e fossem inseridos no mercado de trabalho. Em 1999, nascia o CFPM, a primeira instituição socioassistencial de Caxias do Sul a promover um programa de aprendizagem profissional.
Encerrando as declarações, Cheila Maria ressaltou que o programa é uma resposta às dificuldades enfrentadas pelos jovens, levando oportunidades em um ambiente onde há ofertas mais tentadoras, porém sem a garantia de estabilidade e de direitos atendidos. A coordenadora ainda teceu críticas às empresas caxienses que, de acordo com ela, não valorizam a inserção dos jovens aprendizes nos quadros de funcionários, visto que as 4 mil vagas destinadas a jovens aprendizes em Caxias não estão preenchidas.
Segundo Cheila, o programa de aprendizagem profissional defende que o trabalho é fundamental para o desenvolvimento humano. “No entanto, partimos da máxima de que esses adolescentes estejam protegidos, respeitados em sua individualidade e com direitos e deveres garantidos. Bom seria se não fosse necessário criar uma lei para obrigar a inserção dos adolescentes no mundo do trabalho. Acredito que o programa de aprendizagem profissional é uma resposta social a muitas das dificuldades enfrentadas pelos adolescentes e jovens”, sustentou.