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A decisão da prefeitura, de enviar os processos de desapropriações do Sistema Marrecas que ainda estão pendentes à Câmara, teve repercussão na sessão ordinária desta terça-feira (09). O vereador Rodrigo Beltrão/PT foi quem trouxe o assunto à tona. Ele atribuiu a medida aos pedidos de informações da sua bancada, realizados desde maio. O prefeito José Ivo Sartori comunicou a iniciativa em reunião de ontem, no seu gabinete, com parlamentares da base de situação.
Beltrão reiterou, porém, a sua insatisfação com o diretor-presidente do Sistema Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae), Marcos Vinícius Caberlon. O petista comentou que, na reunião ordinária da Comissão de Desenvolvimento Urbano, Transporte e Habitação da Casa, Caberlon teria dado a entender que as desapropriações não necessitariam de aval do Legislativo.
O parlamentar voltou a questionar o fato de os valores dos hectares variarem de R$ 8 mil a R$ 33 mil. Ressaltou, ainda, que a construção da barragem, na região do distrito de Vila Seca, contam com verbas do governo federal e do Fundo Municipal de Recursos Hídricos.
Por outro lado, a líder do governo na Casa, vereadora Geni Peteffi/PMDB, procurou destacar a disposição de Caberlon, em atender às solicitações dos pedidos de informações. Ela informou que, até o momento, 142 hectares já foram indenizados.
Presidente da Comissão de Desenvolvimento Urbano, o vereador Elói Frizzo/PSB sustentou que os posicionamentos de Caberlon têm se baseado em orientações da assessoria jurídica do Samae. Lamentou o impasse judicial envolvendo o corte de árvores, no espaço de alagamento da futura barragem.
Na mesma linha, o vereador Ari Dallegrave/PMDB enfatizou, ao questionarem a liberação da área de alagamento, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), organizações não governamentais prejudicam o desenvolvimento de Caxias do Sul.
Enquanto isso, a vereadora Ana Corso/PT retomou a posição de Beltrão, de críticas a Caberlon e ao convênio do Executivo com a Universidade de Caxias do Sul, sem licitação. Salientou, porém, a condução do assunto, pela vereadora Geni.