A vereadora Tatiane Frizzo/PSDB subiu à tribuna, na manhã desta quarta-feira (13/07), para repudiar o recente caso de estupro, cometido por um médico anestesista, a uma paciente que passava por cesariana no Hospital da Mulher, no Rio de Janeiro. “Preciso desabafar. Nunca foi fácil ser mulher nessa sociedade, e continua não sendo”, lamentou a parlamentar.

Tatiane ressaltou a importância do debate sobre o assunto na Casa, afim de acabar com interpretações nocivas, como as que diminuem a culpa do estuprador. “Há a cultura de culpar a mulher. ‘Ah, ela estava usando uma saia, ela pediu para ser estuprada.’ O que uma mulher, no momento mais importante da sua vida, onde ia conhecer o seu filho, sedada... Qual foi a culpa dela? Nascer mulher num país como este”, questionou.

Na ótica da vereadora, não se trata de um caso isolado. Ela citou exemplos de abusos cotidianos contra as mulheres, como quando homens oferecem drogas sem o consentimento da vítima em festas e a divulgação de fotos íntimas após final de relacionamentos.

Dados e manchetes de portais de notícias também foram apresentados para ilustrar os abusos sofridos pela mulher no país. De acordo com a tucana, a cada 10 minutos, uma mulher é estuprada, fato que coloca o Brasil como o 5° país em que mais se comete violência contra as mulheres. “Por isso é importante não apenas as mulheres lutarem contra a violência, mas que seja uma pauta do Parlamento como um todo”, refletiu Tatiane.

A parlamentar ainda lembrou de ações do seu mandato neste tema, como os projetos de lei que instituem a Semana de Conscientização e Combate ao Feminicídio, e o Agosto Lilás. Além desses, falou sobre o que prioriza o acesso à educação infantil de filhos de mulheres vítimas de violência doméstica e familiar.

Os vereadores Alexandre Bortoluz/PP, Denise Pessôa/PT, Estela Balardin/PT e Maurício Marcon/Podemos se juntaram a Tatiane em considerações sobre o caso de estupro no Rio de Janeiro.