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Toigo alerta para gastos desnecessários com obras da Copa de 2014

Várias construções ainda não iniciaram e muito dinheiro já foi investido


Na sessão ordinária desta quarta-feira (11), o vereador Gustavo Toigo/PDT usou a tribuna para manifestar a sua preocupação com os gastos em infraestrutura, a fim de preparar o país para sediar a Copa do Mundo de 2014. Conforme o parlamentar, várias obras nem iniciaram ainda, mas muito dinheiro já foi gasto, sem garantia, sequer, de que elas estarão prontas a tempo de receber o evento.

Para embasar o seu discurso, Toigo fez referência ao texto "Fiasco em Construção", veiculado no jornal Folha de São Paulo, na última segunda-feira. Conforme a matéria, quando o Brasil foi escolhido sede da Copa, quase quatro anos atrás, o país havia se comprometido a adaptar a infraestrutura em 12 cidades-sede, com ampliação de aeroportos, novas redes de transporte urbano e estádios à altura do megaevento.

O texto refere que, em 2009, o custo total ficou em R$ 23 bilhões. Indica que, no momento, não há estimativa oficial atualizada, mas que sobrariam indicações de que esse valor será ultrapassado. A reportagem aponta, ainda, que o preço já licitado da reforma de três estádios - Maracanã (Rio de Janeiro), Mineirão (Belo Horizonte) e Mané Garrincha (Brasília) - apresentou, em média, valores 17% mais altos do que a previsão inicial.

No seu relato, Toigo reproduziu que, no caso da arena carioca, já se projetaria gastos da ordem de R$ 1 bilhão, contra os R$ 600 milhões estimados dois anos atrás. A maioria das 12 cidades não iniciou obras viárias. Rio, Belo Horizonte, Porto Alegre e Cuiabá são exceções, observou o parlamentar. Ele referiu que também estão atrasadas as ampliações de 13 aeroportos. Citou estudo do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, ligado ao governo federal), pelo qual nove deles não deverão estar prontos para a competição.

Para Toigo, a matéria é esclarecedora em relação aos gastos públicos. O pedetista destacou, ainda, que esses recursos são preciosos e poderiam estar sendo usados na saúde, na educação ou na segurança pública.

11/05/2011 - 20:38
Assessoria de Comunicação
Câmara de Vereadores de Caxias do Sul


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