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O vereador Rodrigo Beltrão/PT trouxe à tribuna, na sessão desta quarta-feira (13), os resultados e as discussões decorrentes da audiência pública realizada na tarde da última segunda-feira, no plenário da Casa. Promovida pela Comissão de Legislação Participativa e Comunitária, da qual Beltrão é presidente, o encontro abordou as perdas de água tratada no município. O assunto divergiu opiniões entre os parlamentares.
Beltrão salientou que Caxias do Sul lidera as listas de cidades com perda de água tratada e que, durante a audiência "Água: quanto você paga sem usar?", surgiram possíveis soluções para o problema, como a troca planejada, a regulação dos hidrômetros e o mapeamento do consumo de água, a fim de identificar vazamentos ou desperdícios.
Naquela audiência, foram discutidas alternativas para conter as perdas de água tratada, no município. Em 2009, o desperdício alcançou 61,3%, como apontou estudo da Revista Saneamento Ambiental. O desperdício compreende o processo que vai desde a captação da água até a chegada nos pontos de consumo. Na oportunidade, ficou definido que Beltrão faria indicação de providências à prefeitura. A proposta ficou de ser efetivada amanhã, às 15h, na reunião ordinária da comissão.
Em concordância, o vereador Gustavo Toigo/PDT parabenizou o trabalho da comissão e se disse preocupado com a grande malha hidráulica (canos de água enterrados no solo) de Caxias. A vereadora Ana Corso/PT criticou o fato de, há mais de dez anos, não haverem sido trocados os hidrômetros do município.
Em contrapartida, o vereador Elói Frizzo/PSB, que já foi diretor do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae), afirmou ser favorável à redução das perdas, mas lembrou que o problema é técnico e que o Samae deve se focar nisso.
O vereador Mauro Pereira/PMDB procurou esclarecer que essas perdas equivalem ao faturamento e não ao desperdício em si, pois, segundo ele, uma parte dessa água vai para os órgãos públicos, como escolas municipais e unidades básicas de saúde. Na mesma linha, o vereador Ari Dallegrave/PMDB alegou que essa água que vai para os órgãos públicos não pode ser considerada perdidas, uma vez que a própria comunidade faz uso dela.