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A possibilidade de paralisação da categoria médica, em Caxias do Sul, foi alvo de debate entre os vereadores, na sessão ordinária desta quinta-feira (07). A retomada do assunto coube ao vereador Mauro Pereira/PMDB que, ao lembrar o Dia do Jornalista, comemorado hoje, citou a edição do Globo Repórter da última sexta-feira.
O programa televisivo mostrou a realidade de descaso existente em postos de saúde do país. Pacientes nos corredores, enfermarias lotadas, crianças tomando soro em pé, enfim, um verdadeiro descaso das autoridades para com o usuário do Sistema Único de Saúde, comentou Mauro.
Lamentando a situação retratada no programa, Mauro referiu a estrutura em saúde oferecida pelo município, que, a seu ver, ampara a população das demais cidades da região. Nesta linha, o vereador apelou ao Sindicato dos Médicos de Caxias do Sul para que reconsidere o início de uma nova paralisação, a exemplo do ocorrido no ano passado. No último dia 29, o Tribunal de Justiça do Estado suspendeu a proibição de greve. A categoria ameaça iniciá-la ainda este mês.
O vereador Guiovane Maria/PT ponderou que os profissionais devem receber salários compatíveis com a função praticada. Porém, afirmou que o atendimento à população não pode ser prejudicado.
Para Rodrigo Beltrão/PT, o silêncio da administração municipal sobre o tema colabora com a escolha da categoria pela paralisação.
O presidente da Comissão de Saúde da Câmara, Renato Oliveira/PCdoB, comentou sobre a audiência marcada para amanhã, às 18h30min, na sede do Conselho Municipal e Saúde, da qual participarão o Sindicato dos Servidores Municipais de Caxias do Sul e representantes do Sindicato dos Médicos, para debater alternativas à paralisação.
O fato da prefeitura não ter confirmado se enviará representante à reunião foi apontado por Renato. Ele defendeu uma abertura de negociação rápida entre médicos e município, com a abordagem da questão do cumprimento integral da carga horária, pelos médicos do Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo Ana Corso/PT, a cobrança para o cumprimento do horário deve partir da gestão municipal. De acordo com ela, há omissão nesse aspecto.
A líder do governo, vereadora Geni Peteffi/PMDB, considerou que a administração municipal anterior também apresentava problemas. O vereador Moisés Paese/PDT apontou para a necessidade de bom senso por parte da categoria médica.