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Legislativo caxiense dará sequência ao fortalecimento da rede de proteção à mulher

Uma reunião virtual, na tarde desta quarta-feira, traçou um panorama da violência


Dar sequência às articulações, pelo fortalecimento da rede de proteção à mulher, será o próximo passo da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Câmara Municipal de Caxias do Sul. Na tarde desta quarta-feira (10/03), por meio das redes sociais da TV Câmara Caxias (Facebook e YouTube), uma reunião virtual ouviu autoridades e traçou um panorama da violência contra o sexo feminino. A condução dos trabalhos coube às vereadoras Denise Pessôa/PT, procuradora da Mulher no Legislativo, e Estela Balardin/PT, presidente do grupo parlamentar.

De acordo com a vereadora Estela, também é preciso pensar em formas, para inserir a mulher no mercado de trabalho. “Sobretudo, para aquelas que foram vítimas de violência doméstica, a autonomia financeira pode significar o afastamento do parceiro agressor”, observou. A petista comentou que, junto ao gabinete do deputado federal Elvino Bohn Gass/PT, está articulando emenda constitucional em favor do que chamou de Kit Patrulha Maria da Penha. “A ideia é reforçar a estrutura de trabalho das equipes policiais, com viaturas e equipamentos”, explicou.

Titular da Coordenadoria da Mulher, Tamyris Padilha destacou que o órgão tem atuado a partir de cinco pilares: enfrentamento à violência doméstica, autonomia no mercado de trabalho, saúde, valorização e educação não sexista e inclusiva. Baseada em dados do Observatório da Universidade de Caxias do Sul (UCS), lamentou a queda de postos formas de trabalho para mulheres, na cidade, em 2020. “Perdemos mais de 1,5 mil vagas femininas, ano passado. No momento, mulheres recebem, em média, 18,9% a menos de salário, em relação aos homens. Há sete anos, essa diferença era de 30%”, comparou.

A coordenadora lamentou a persistência de uma dita cultura patriarcal e machista. Espera que, com a superação da pandemia, seja possível retomar cursos de capacitação feminina, voltados à inclusão no mercado de trabalho.

Para Thais Dallegrave, do Centro de Referência da Mulher (CRM), mulheres mais jovens são mais afeitas à procura por atendimento. Mencionou que, em 2020, o órgão registrou atendimentos a 1.328 mulheres, sendo 828 procedimentos a distância e 500 deles de forma presencial. Lastimou casos de violência, depois do nascimento do primeiro filho, e outros isolados. Na ótica dela, é fundamental atuar em rede, para evitar a reincidência, nas agressões.

A tenente Mileide Candido, da Patrulha Maria da Penha, contou que o trabalho continua focado na fiscalização de medidas protetivas, exatamente para evitar a mencionada reincidência. Informou que, hoje, em Caxias, há 139 mulheres em acompanhamento. O juiz Emerson Kaminski, do Juizado da Vara de Violência Doméstica, compartilhou das preocupações. Para situações de violência, é possível discar para o número 180, da Central de Atendimento à Mulher.

Além da vereadora-presidente Estela Balardin/PT, integram a Comissão de Direitos Humanos e Cidadania os vereadores Clóvis de Oliveira/PTB, Denise Pessôa/PT, Elisandro Fiuza/Republicanos e Renato Oliveira/PCdoB.

Liderada pela vereadora Denise Pessôa/PT, fazem parte da Procuradoria Especial da Mulher as vereadoras Estela Balardin/PT, Gladis Frizzo/MDB, Marisol Santos/PSDB e Tatiane Frizzo/PSDB.

10/03/2021 - 19:08
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a) e Redator(a): Fábio Rausch - MTE 13.707

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