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O crescimento de 50% em ativos, nos últimos anos, foi um dos pontos positivos da prestação de contas da Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul (Codeca), na sessão desta quinta-feira (10). Nos últimos anos, esses recursos passaram de R$ 17 milhões para R$ 26 milhões. Desde a tribuna, o diretor-presidente do órgão, Adiló Didomenico, prestou contas aos vereadores e declarou que esse aumento, segundo ele, já teria suprido o volume de repasses da prefeitura, que, desde 2005, atingiu R$ 6,97 milhões.
O diretor da Codeca também comemorou o entende por afirmação de auto-sustentabilidade, já que, pelo quinto ano consecutivo, a empresa lucrou. Em 2010, a margem ficou em R$ 329 mil. Disse que, no mesmo ano, a companhia investiu R$ 10 milhões na aquisição do sistema de coleta mecanizada. Informou, ainda, que, em seis anos, foram investidos R$ 13,6 milhões, sendo que o seu custo administrativo caiu de 14% para 8,11%.
Como metas para os próximos anos, o diretor garantiu que dará continuidade a implantação da certificação de qualidade ISO 9.001, com o objetivo de obtê-la ainda em 2011. Destacou a formulação de projetos para futuras ampliações de contêineres para os bairros da cidade, incluindo escolas. Comentou que, até 2012, está previsto implantar o portal da transparência da Codeca, o controle da frota por meio do sistema de GPS, além da aquisição de dois caminhões de coleta, num total de R$ 2,492 milhões de investimentos.
Depois da explanação de Adiló, o vereador Vinicius Ribeiro/PDT, primeiro a se manifestar, destacou o fato de a Codeca estar buscando qualificação, o que, a seu ver, precisa ser seguido por outros órgãos públicos. Na mesma linha, Mauro Pereira/PMDB parabenizou o quadro funcional da empresa.
Por outro lado, o vereador Rodrigo Beltrão/PT mostrou contrariedade com relação aos repasses de verbas públicas para a companhia. Sugeriu a ampliação dos serviços de contêineres para bairros populosos, como o Fátima. Guiovane Maria/PT atentou para as dificuldades da capina manual e questionou o porquê de alguns condôminos terem que pagar taxa à parte de coleta de lixo.
Na sequência, o vereador Harty Moisés Paese/PDT ressaltou estar estudando a formulação de projeto de lei para estimular a educação, no sentido de impedir atos de jogar lixo pelas ruas. Salientou que, na cidade do Rio de Janeiro, 40% do lixo coletado provém das ruas.
Ex-secretário municipal do Meio Ambiente, o vereador Ari Dallegrave/PMDB lembrou que, quando ocupava aquele cargo, junto com diretores da Codeca, esteve em Montevidéu, para conhecer o sistema de coleta mecanizada daquele país. Enfatizou que a crescente exigência da população, por mais contêineres, indica o acerto da companhia, na implantação desses suportes.
Quanto ao lixo oriundo da construção civil, Renato Oliveira/PCdoB elogiou o esforço da Codeca, ao coletá-lo, em algumas oportunidades. No entanto, sustentou não ser de responsabilidade da companhia esse tipo de serviço. Para ele, em vez de a autarquia recolhê-lo, as empresas é que deveriam sofrer punição, em caso de não realizarem a coleta.
Alaor de Oliveira/PMDB alertou que a administração municipal precisa buscar soluções para a precariedade da limpeza dos banheiros da Praça Dante Alighieri, na região central. Disse entender que as fossas daquela localidade é que prejudicam a situação.