Na sessão ordinária desta quinta-feira (24/10), o vereador Rodrigo Beltrão/PT teceu críticas ao governo de Daniel Guerra/Republicanos. Ele lamentou que, desde o começo do mandato, tenha que estar denunciando a visão patrimonialista do prefeito, que confunde o que é privado e público.

Da tribuna, Beltrão destacou que Guerra criticava a velha política, no entanto virou doutor nesse assunto e perdeu o bom senso. Para ele, é um governo antipovo, que debocha da sociedade e ridiculariza entidades, a Câmara e lideranças populares.

O parlamentar afirmou que não irá mais se manifestar a respeito do impeachment, o que chamou de “remédio duro”. Porém, mencionou que quando, em dois meses, o prefeito fica mais de 40 dias viajando está burlando a Lei Orgânica Municipal, sendo que ela defende que, para o prefeito ficar ausente por 15 dias, é necessária a autorização do Legislativo.

Beltrão classificou as atitudes do governo como “malandragem”, pois Guerra viaja por oito dias. Retorna para Caxias apenas por um dia e logo volta a viajar. O petista defendeu a renúncia do prefeito, considerando “uma forma democrática mais leve”.

Ainda na tribuna, o vereador também criticou o governo estadual, de Eduardo Leite/PSDB. Para ele, a atitude do tucano de reduzir direitos do funcionalismo é um ataque aos servidores públicos no Rio Grande do Sul. Ressaltou que o governo acredita que, com isso, vai resolver o problema das finanças do Estado. “É semelhante às justificativas para a aprovação da reforma da Previdência, em Brasília”, lamentou.

O vereador colocou os governos de Leite e José Ivo Sartori/MDB na mesma esteira de pensamento, lembrando que o parcelamento de salários já era uma realidade do governo emedebista. O parlamentar Edio Elói Frizzo/PSB complementou afirmando que, por ter uma formação diferenciada, do ponto de vista ideológico, talvez o Sartori fosse mais suscetível de ceder à pressão para não produzir um projeto político com tantos malefícios como está produzindo o atual governador.

Beltrão ainda pontuou que são tempos difíceis com mudanças como a reforma da Previdência que ataca diretamente os trabalhadores. Citando o Chile, o petista afirmou que outros países já implantaram essa visão de Estado mínimo, de um neoliberalismo requentado, e hoje sofrem de um empobrecimento da população.