Cerca de 120 pessoas participaram da Audiência Pública sobre o policiamento comunitário em Caxias do Sul, realizada nesta segunda-feira (21/10), no plenário da Câmara. Após a apresentação dos painelistas e manifestações de vereadores e representantes de diversas associações de bairros, ficou definido que será elaborado um documento em nome dos presentes e encaminhado ao executivo municipal, que não esteve representado, pedindo a renovação dos convênios de policiamento comunitário com a Brigada Militar. Outro encaminhamento será a reivindicação junto ao governo do Estado de mais efetivo para o 12º Batalhão da Polícia Militar.

A Comissão de Segurança Pública e Proteção Social da Casa, que promoveu a audiência, e o Conselho Comunitário Pró-Segurança Pública (Consepro) já têm uma reunião agendada no dia 4 de novembro com o vice-governador e secretário estadual de Segurança, Ranolfo Vieira Júnior/PTB.

“Temos essa agenda para tratar dos projetos do Piseg e vamos aproveitar a oportunidade para falar do policiamento comunitário, da importância desse programa para Caxias do Sul e pelo envolvimento com as comunidades”, explica a presidente da Comissão de Segurança, vereadora Paula Ioris/PSDB.

Conforme o comandante do 12º BPM, tenente-coronel Jorge Emerson Ribas, já foram atendidos 26 bairros.

“Atualmente temos 10 bairros atendidos, porém, não da forma que gostaríamos, já que a carga horária nos bairros é menor justamente pela falta de efetivo. Esse convênio encerra em dezembro, e não há previsão de renovação. Por outro lado, asseguro que o policiamento comunitário nas comunidades do interior como Vila Cristina e Criúva vão continuar”, pondera Ribas.

Os outros dois convênios que existiam na cidade venceram em 2017 e não foram renovados. Embora seja o modelo ideal, o comandante salientou que o policiamento comunitário não depende necessariamente do auxílio-moradia, valor repassado pela prefeitura via Consepro para o batalhão.

O presidente da União das Associações de Bairros (UAB), Valdir Walter, salientou que diversas lideranças comunitárias fizeram curso de policiamento comunitário e essa é a forma mais efetiva de aproximação entre a BM e a população.

Também estiveram na mesa de painelistas o presidente do Consepro, Luiz Raimundo Tomazzoni, e o delegado da Polícia Civil Caio Fernandes.

O comandante Ribas e o delegado Caio ressaltaram o trabalho conjunto e integrado que vêm realizando. Destacaram que o policiamento comunitário é também uma filosofia de aproximação das polícias e da comunidade através de diversos programas, como o Papo de Responsa, Cipave, etc.

O deputado estadual Neri O Carteiro/Solidariedade também participou da audiência pública. Em sua manifestação ele ressaltou a importância do trabalho conjunto entre as forças de segurança e a comunidade.

“Sentimos mais uma vez a ausência do município, para sabermos o que pensam, e porque a segurança pública deve ser construída por uma estratégia conjunta”, lamentou Paula.

Além da vereadora, a Comissão de Segurança é composta pelos vereadores Adiló Didomênico/PTB, Renato Oliveira/PCdoB e Velocino Uez/PDT, presentes na audiência, e pela vereadora Gládis Frizzo/MDB.

Também estiveram na audiência os vereadores Alberto Meneguzzi/PSB, Tatiane Frizzo/Solidariedade, Alceu Thomé/PTB, Elói Frizzo/PSB, Kiko Girardi/PSD e Edson da Rosa/MDB.

*Texto: Bibiana Ribeiro Mendes