A indicação de abertura de sindicância à Corregedoria do Município, sobre horas extras aos sábados, no Centro Especializado em Saúde (CES), foi o tema do grande expediente do vereador Alberto Meneguzzi/PSB, na sessão ordinária desta quarta-feira (16/10).

O pedido de averiguação se deu a partir das respostas enviadas pela Secretaria Municipal da Saúde a um pedido de informações do parlamentar. Ele observou que, analisando o ponto eletrônico de 60 médicos, observou que apenas um fazia horas extras aos sábados, sendo este profissional marido da diretora do centro, Lauren Raymundi Moreira.

No painel eletrônico do plenário, mostrou e-mail de Lauren enviado à médica Nicole Alberti Golin, orientando acerca dos documentos necessários para ingressar contra o socialista, na Comissão de Ética Parlamentar da Câmara, denunciando que essa fiscalização não é legítima. Meneguzzi rebateu as acusações, pontuando que é uma prerrogativa dos vereadores e servidores, prevista em estatuto, o direito à fiscalização e a obrigação de promover apuração mediante sindicância ou procedimento administrativo disciplinar. Lamentou que estivesse sendo denunciado por exercer seu dever de fiscalizar.

O parlamentar ainda repercutiu que neste e-mail, constava denúncia contra a ex-secretária municipal da Saúde Dilma Tessari, acerca das vigências de contratos para compra de eletrocardiogramas ao Hospital Geral (HG), que teriam sido efetivadas sem licitação. A partir da tribuna, Meneguzzi leu nota de Dilma, que frisou o cumprimento da lei e dos critérios das portarias ministeriais, durante sua gestão.

Meneguzzi recordou que, em 2017, foi realizada uma reunião com Lauren, que ainda não ocupava o posto de diretora do CES, e outros servidores, os quais, na época, apontavam denúncias contra o governo municipal, com subsídios suficientes para a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Entretanto, segundo ele, a profissional foi promovida duas semanas após a reunião, e, a partir disso, não se deu prosseguimento ao caso.

O socialista relatou que, nos últimos três anos, diversas investigações foram levadas aos ministérios públicos Federal e Estadual, relacionados à saúde caxiense. Citou o fechamento do Postão 24h, que completará um ano nesta quinta-feira, o que, na sua ótica, ocasiona na sobrecarga de atendimentos, nas unidades básicas de saúde (UBSs), Ele ainda defendeu a melhoria na gestão dessa área e lamentou que se dependesse de emendas parlamentares para investimentos, devido à ausência de recursos dos governos estadual e municipal. Em aparte, Rafael Bueno defendeu a exoneração da diretora do CES.