O vereador Rafael Bueno/PDT participou na noite de domingo (06/10) do programa "A Voz da Umbanda", mantido pela Associação Umbanda Caxias e comandado por Saul de Medeiros e seu filho Anael. A transmissão foi feita pela Facebook e está disponível pelo endereço "A Voz da Umbanda".

Eles conversaram sobre diversos temas relacionados a ações do mandato de vereador, o atual momento político e sobre posturas tomadas pelo prefeito Daniel Guerra que têm visado a prejudicar diversas entidades, grupos e associações da cidade, entre eles a própria Umbanda, tomando medidas abusivas, rejeitando projetos e não estabelecendo diálogo.

Por exemplo, é de autoria de Bueno um projeto de lei protocolado em fevereiro deste ano que pretende instituir o Monumento ao Orixá Ogum (eleito pela comunidade umbandista como patrono de Caxias do Sul) como símbolo oficial das religiões de Matriz Afro-Brasileira do município. O projeto foi encaminhado, ainda em maio, pela Câmara para receber parecer do Executivo e ainda não retornou. O pedetista solicitou que a presidência da Câmara Municipal peça a volta do projeto para que seja votado pelos vereadores. O projeto foi necessário porque no começo do ano, o prefeito indeferiu a decisão do Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural (Compahc) pelo tombamento do monumento como Patrimônio Cultural de Natureza Material de Caxias do Sul.

"O prefeito desrespeita a todos, e também o faz com os praticantes da umbanda de nossa cidade, que sempre conviveram em harmonia com as demais religiões", disse, recordando que em maio do ano passado o prefeito mandou que a entidade desocupasse a área intitulada Santuário Ecológico Reino dos Orixás, no bairro Cruzeiro. Nesse local, os umbandistas encaminhavam oferendas decorrentes de rituais religiosos e faziam a limpeza. Agora, o local está abandonado e tomado de lixo.

Para Bueno, mais um exemplo de falta de respeito às pessoas. E que não acontece apenas em Caxias do Sul. Há 10 dias, o parlamentar esteve em Brasília em busca de verbas para a saúde e ouviu de diversos deputados e senadores sobre a falta de compromisso do atual prefeito, que não tenta buscar esses recursos em Brasília para áreas essenciais, como saúde, educação e segurança.