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A redução de verbas para as áreas de educação, ciência e tecnologia indignou o vereador Rafael Bueno/PDT, que lançou críticas ao governo federal durante seu discurso, na plenária desta quarta-feira (04/09). “Enquanto para o fundo eleitoral são designados R$ 2,5 bilhões, para a educação brasileira são cortados, boicotados, R$ 819 milhões. É um descompasso”, reclamou o pedetista.
Com base em notícias divulgadas na imprensa, o parlamentar lamentou que, somente neste ano, já ocorreram três anúncios de cortes de dinheiro na pesquisa. Para ilustrar, mencionou que 11.800 bolsas deixarão de ser atendidas. “A quem realmente interessa o corte de recursos na Ciência?”, questionou Bueno, ao considerar que a soberania de um país também depende do desenvolvimento tecnológico e científico que conquistar.
“Para essa soberania, é preciso investir em educação. São necessários recursos para que o filho do trabalhador possa se tornar doutor. Peço aos deputados que não se curvem (a esses cortes) e que defendam a nossa educação”, reivindicou o pedetista.
Bueno observa haver muitos estudantes e pesquisadores que querem oferecer à sociedade resultados práticos de suas investigações científicas em segmentos como o de saúde, na parte de medicamentos, mas dificilmente vão conseguir se não forem destinadas verbas.
Como exemplo das dificuldades pelas quais acadêmicos e instituições de Ensino Superior enfrentam atualmente, o parlamentar mencionou a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), que estaria entre as melhores da América Latina, mas não teria dinheiro para pagar serviços de limpeza e de segurança.
Em aparte, o vereador Paulo Périco/MDB acrescentou que a Caixa tem registrado atrasos nos pagamentos do Financiamento Estudantil por parte dos alunos. “O Fies registra 50% de quebra para a Caixa”, informou o emedebista.