O parlamentar Rafael Bueno/PDT retomou as críticas à demora no atendimento à saúde em Caxias do Sul, durante a plenária desta quarta-feira (07/08). Da tribuna, o parlamentar relatou a situação de duas pessoas: um homem, que precisa de uma prótese na perna; e uma criança, que necessita consulta para tratar de artrose.

No caso do homem, esteve no plenário da Câmara nesta manhã. Ele teria esperado tanto tempo por uma ressonância que precisou amputar o pé antes de conseguir ser chamado para o exame. Agora, usando muleta e com uma lesão medular, ele precisa de uma prótese para a perna e aguarda na fila de espera. “Tenho acompanhado esse senhor, (a situação pela qual passa) é sinônimo da falência da saúde pública em Caxias”, considera o pedetista.

Em relação à criança, o parlamentar leu o relato que a mãe postou numa rede social. Bueno cobrou da prefeitura agilidade para os dois encaminhamentos. Na questão da criança, o vereador disse que precisa também de cuidadora para que consiga frequentar as aulas com mais tranquilidade.

No entendimento do parlamentar, o município não está cumprindo com suas responsabilidades no que se refere à prestação de serviço à comunidade na área médica, principalmente. “As pessoas estão enfrentando um verdadeiro calvário na saúde”, caracteriza o vereador.

Bueno também apresentou um vídeo com declarações do prefeito Daniel Guerra/PRB durante uma audiência pública da Comissão de Saúde e Meio Ambiente, em 2014, à época em que era vereador. O republicano cobrava melhorias no atendimento à saúde ao governo da época, que tinha o pedetista Alceu Barbosa Velho como chefe do Executivo. Na avaliação de Bueno a lista de espera para consultas e outros procedimentos está maior do que era no passado.

Bueno informa que, somente para cirurgias eletivas, se encontram na lista 5046 pacientes. Segundo o vereador, em 10 de janeiro de 2017, por meio de um pedido de informações, foi comunicado pela prefeitura que esse total estava em 3.301 pessoas. Para cirurgia vascular, atualmente, são mais 4.345 pessoas. Consultas com oftalmologista estão sendo esperadas por 4.984 pacientes; e com cardiologista, 2.163.

Na avaliação do vereador, o prefeito Guerra não está cumprindo as obrigações básicas da saúde pública. Mencionou que o chefe do Executivo não repassou ao Hospital Geral R$ 4 milhões que seriam usados para ajudar a criar 118 novos leitos. Na ótica de Bueno, a saúde é uma área que precisa permanente atenção e pela qual tem trabalhado e continuará atuando. “Enquanto isso, vejo o prefeito dar calote no Hospital Geral, se preocupar com a construção de um mirante de R$ 800 mil no Parque dos Macaquinhos e me processar, pedindo indenização de R$ 50 mil, por eu dizer a verdade”, indigna-se o pedetista, ao dizer que continuará falando sobre o que acredita.