Na sessão plenária desta terça-feira (23/07), o vereador Renato Oliveira/PCdoB ocupou a tribuna para tecer críticas ao abandono no prédio do INSS, em Caxias do Sul. Localizado no Bairro Cinquentenário, o local está desocupado desde 2011, quando encerrou o contrato entre o município e União, então proprietária do imóvel.

No painel eletrônico do plenário, mostrou imagens do site da Prefeitura, que citava o descaso de administrações anteriores com o empreendimento. Com isso, condenou que a atual gestão não tenha, de acordo com sua ótica, feito nada de efetivo para recuperar o prédio. Ainda criticou que, atualmente, o local é alvo de depredações e ocupações por usuários de drogas e dependentes químicos, citando o corpo encontrado carbonizado ocorrido no prédio, no último final de semana.

Conforme o parlamentar, o custo das obras seria de R$ 52.500,00, o que, na sua visão, é um valor irrisório, e que resolveria muitos problemas. Defendeu que, quando a Prefeitura passou a ser proprietária do empreendimento, assinou um acordo com o governo federal, comprometendo-se a destinar o prédio para a saúde e assistência social. Renato Oliveira também criticou a superlotação das UBSs do munícipio, a falta de médicos e o atraso na reabertura do Postão 24 horas.

O vereador Kiko Girardi/PSD citou que o descuido com antigo prédio do INSS vem de outras administrações, mas questionou a falta de ações da atual. O vereador Velocino Uez/PDT chamou a atenção para o descaso do Executivo com outros prédios públicos.

O vereador Rafael Bueno/PDT citou que, na última campanha eleitoral, o então candidato Daniel Guerra (hoje prefeito municipal) havia prometido que o local iria se tornar um grande espaço público. A falta de projeto, para a recuperação de empreendimentos desocupados, foi abordada pelo vereador Alberto Meneguzzi/PSB.

O vereador Arlindo Bandeira/PP questionou onde estava a fiscalização do prédio. Indicou que ele poderia ser usado para abrigar a Secretaria Municipal do Meio Ambiente. Segundo o vereador Alceu Thomé/PTB, o município gasta, mensalmente, R$ 700 mil em alugueis. A partir disso, o petebista sugeriu que esse dinheiro poderia ser usado em reformas de prédios desocupados.