A vereadora Denise Pessôa/PT confirmou, na sessão ordinária desta quarta-feira (29/05), que encaminhará ao Ministério Público (MP) questionamentos sobre o interesse público de licenças de secretários e cargos em comissão (CCs) da Prefeitura Municipal, para a participação em cursos de qualificação. A partir da tribuna do plenário, a parlamentar repercutiu algumas das respostas do Executivo a um recente pedido de informações da bancada petista, liderada pelo vereador Rodrigo Beltrão. Entre outros pontos, Denise e Beltrão indagaram sobre os casos de afastamentos, desde janeiro de 2017.

De acordo com Denise, falta transparência nos processos. Exemplificou a partir das secretárias Marina Matiello (Educação) e Vangelisa Lorandi (Recursos Humanos e Logística). Ressaltou que, em 2017, a secretária Marina se licenciou para participar de um encontro nacional de história da educação, em João Pessôa, na Paraíba “Ela não recebeu diária, mas não teve desconto do salário, durante a licença, utilizada para apresentar um trabalho próprio de mestrado. A Prefeitura também pagou um secretário substituto”, observou.

Com relação à secretária Vangelisa, Denise contou que, em janeiro deste ano, a chefe da pasta de Recursos Humanos tirou uma licença de 15 dias, período em que a Prefeitura pagou um secretário substituto e o salário integral dela. “Ela, sequer, saiu de Caxias do Sul, pois os cursos eram a distância (EAD). Vangelisa comprovou os estudos com certificados de indústria, gestão de projetos e etiqueta empresarial. Os temas não parecem se relacionar muito com a função exercida pela chefe da pasta”, ponderou.

Denise apontou que os casos demonstram falta de ética, no cumprimento de regras do Estatuto dos Servidores Municipais. Indagou se um funcionário público comum conseguiria uma licença de 15 dias, para se dedicar a cursos EAD.