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“Comer é um ato político. Ou nós escolhemos o que comer, ou alguém escolhe por nós”, disse o representante da EcoCaxias, Orlando Michelli, em Tribuna Livre do Legislativo, na sessão desta quarta-feira (15/05). Orlando salientou a luta da entidade em mostrar os benefícios dos alimentos orgânicos, que propiciam aumento na qualidade e na expectativa de vida.
Destacando o histórico do uso de veneno nos alimentos, o representante citou a Revolução Verde, que nos anos 1950, permitiu o uso dessas substâncias nos plantios com o propósito de incrementar a produtividade, o que, na sua ótica, não resolveu o problema da fome no mundo. Em contrapartida, no âmbito municipal, Orlando Michelli citou que, em 1990, as feiras ecológicas tiveram início. Entretanto, o pouco incentivo a esse tipo de produção afastou agricultores do município e o movimento perdeu força.
Michelli lamentou a falta de abordagem da agricultura orgânica nas instituições de ensino superior e demonstrou insatisfação com o poder Executivo municipal, no que tange à assistência técnica prestada nessa área pela Secretaria da Agricultura. Elencou o poder Legislativo como principal espaço para que a comunidade saiba que o incentivo a cultivo de alimentos sem veneno impulsiona a agricultura familiar em detrimento do agronegócio, abre oportunidades de emprego e constrói um país livre e independente de produtos que prejudicam a saúde da população.
Além da Feira Ecológica, outro espaço que valoriza a cultura orgânica mencionado por Michelli é a Escola Família Agrícola da Serra Gaúcha (Efaserra), que funciona na 3ª Légua, em Caxias do Sul, com oferta de Ensino Médio Agropecuário. A instituição atende, principalmente, estudantes filhos de agricultores.
No caso da EcoCaxias, entiade representada por Michelli, é constituída juridicamente para promover uma nova cultura de produção e consumo de alimentos saudáveis em Caxias do Sul. Em 2017, a associação foi homenageada pelo Câmara Municipal pelos seus 10 anos de fundação.