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Vereadores propõem moção de repúdio a corte de verbas ao Instituto Federal do RS

Denise Pessôa e Rafael Bueno levantaram discussão sobre redução de R$ 18,5 milhões no orçamento, afetando 22 mil estudantes


Os vereadores Denise Pessôa/PT e Rafael Bueno/PDT trouxeram ao debate no Legislativo caxiense, durante a sessão ordinária desta terça-feira (07/05), o corte de 30% de verbas do Ministério da Educação ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS), confirmado na semana passada. Os parlamentares propuseram aos colegas assinarem em conjunto uma moção de repúdio devido ao impacto da medida na vida dos 22 mil estudantes, 1,2 mil professores e milhares de pessoas beneficiadas pelo trabalho da instituição em 17 cidades gaúchas. A moção será protocolada nesta quarta-feira (08/05), em regime de urgência, e a discussão em plenário está prevista para a quinta-feira (09/05).

O documento, caso receber aprovação do plenário, será encaminhado ao ministro da Educação, Abraham Weintraub; aos líderes das bancadas da Assembleia Legislativa, da Câmara dos Deputados e do Senado Federal; e aos reitores e diretores dos institutos no Estado.

"O investimento na educação precisa ser a base de tudo. E, se não tiver o investimento lá na base, na educação, nós não construiremos uma nação soberana. E, se esse alicerce falhar, falha em tudo", destacou Bueno, que, no final do ano passado, encaminhou uma homenagem na Câmara Municipal pelos 10 anos de criação do IFRS.

Para Denise, se confirmados e efetivados, os cortes trarão um enorme retrocesso:

"O Instituto Federal de Caxias do Sul, que também vai passar por esses cortes, já não conseguirá disponibilizar as aulas de inglês nem os reforços para a prova do Enem. Os estudantes estão indo para as ruas, fazendo protestos. A gente precisa estar junto defendendo a educação." 

Na Serra, o instituto dispõe de unidades em seis cidades e terá o orçamento reduzido de R$ 61, 8 milhões para R$ 43 milhões em 2019. Nos próximos meses, a reitoria não terá como honrar compromissos com prestadores de serviço. Em Caxias do Sul, o instituto tem seus cursos voltados às necessidades locais. O campus atua em áreas como vitivinicultura, serviços, indústria, agropecuária, turismo, moda, entre outros. Além disso, contribui para a valorização da educação nos níveis de ensino, pesquisa e extensão.     

A Serra tem 8 mil estudantes nas unidades de Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Farroupilha, Feliz, Vacaria e Veranópolis, sendo a metade no Ensino Médio. Em Caxias do Sul, são cinco cursos de graduação, dois cursos de pós-graduação e quatro cursos técnicos. No ano passado, o campus de Caxias ofertou 350 vagas em cursos de extensão variados. 

A reitoria do IFRS diz que haverá mobilização para sensibilizar e reverter a medida e deve se reunir no Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), juntamente com outros reitores.

Os vereadores Adiló Didomenico/PTB, Alberto Meneguzzi/PSB, Felipe Gremelmaier/MDB e Paulo Périco/MDB também se manifestaram em solidariedade ao IFRS e em apoio à moção de repúdio.

07/05/2019 - 16:49
Assessoria do Gabinete do Vereador Rafael Bueno/PDT
Câmara Municipal de Caxias do Sul

As matérias publicadas neste espaço são de total responsabilidade dos gabinetes dos vereadores.

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