O vereador Rafael Bueno/PDT acompanhou, no final da tarde de quinta-feira (02/05), a tentativa frustrada de dezenas de guardas municipais entregarem um documento contendo reivindicações da categoria ao prefeito Daniel Guerra (PRB) ou ao chefe de gabinete, Chico Guerra (PRB). Ninguém atendeu os servidores.

Segundo os guardas, há distorções na Lei Complementar 409, que define o sistema de classificação de cargos de provimento efetivo da administração municipal. Os servidores dizem ainda que é necessária uma adequação da Lei Federal 13.002, que estabelece as atribuições da categoria. Apesar das reivindicações, claras e objetivas, a prefeitura se limitou a dizer que as pautas já foram tratadas e estão vencidas.

Bueno diz que as promessas da época de campanha eleitoral não foram cumpridas pelo atual prefeito. "Essa falta de diálogo é o estopim do que venho dizendo desde o começo deste desastroso mandato do dublê de gestor Guerra. Essa falta de respeito aos servidores públicos é notória e afeta toda a população", lamentou.

Para o pedetista, a situação da Guarda Municipal não abrange apenas a questões legais, mas vai além, porque interfere no cotidiano do trabalho. "Vejo essa situação muito preocupante, porque para quem protege e serve o município numa área tão delicada como a segurança pública, chegar a isso é algo gravíssimo, porque estão revoltados contra a própria administração em uma mobilização jamais vista. E ainda por cima sequer são recebidos", destacou.

Bueno lembra que, ano passado, pelo menos 80% da Guarda Municipal o procurou para que fosse encaminhada uma audiência pública. Foi feito um abaixo-assinado solicitando que eles tivessem condições de trabalho, o que não é favor, mas obrigação e dever do município em fornecer equipamentos como armamentos, viaturas e coletes à prova de balas para ofertarem serviços de qualidade à população.

"Por exemplo, eles têm fardamentos que não são substituídos há três anos. Também trabalham com a falta de efetivo, porque venceu o concurso em agosto de 2017 e desde então não há chamamento de servidor algum", afirmou.