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Parlamento Regional define novo representante e debate saúde

Grupo se reuniu nesta terça-feira (23/04), na Sala das Comissões Vereadora Geni Peteffi


Debater questões inerentes à área de saúde, na região, e eleger um novo representante para o Parlamento Regional foram as resoluções da reunião desta terça-feira (23/04). O evento ocorreu na Sala das Comissões Vereadora Geni Peteffi e foi conduzido pelo presidente do Legislativo caxiense, Flavio Cassina.

O encontro marcou a escolha de Patrícia Camassola Tomé, que é vereadora do município de São Marcos, como a nova coordenadora das atividades e resoluções do grupo de trabalho. Vieram representantes de Bento Gonçalves, Farroupilha, Nova Prata, Flores da Cunha, Monte Belo do Sul, Gramado e Nova Roma do Sul, além de vereadores do Legislativo caxiense.

Cassina destacou a importância de unir esforços, por meio do Parlamento. Ele acredita que, em conjunto, é possível angariar recursos e soluções para as demandas da região. Conforme ele, são interesses comuns atualmente: área da saúde, implantação do trem regional e aeroporto, questões sobre destinação de resíduos e tratamento de água, entre outros.

Em relação às necessidades de saúde na região, houve pronunciamento de Gilberto Uebel, diretor de Planejamento do Hospital Pompéia de Caxias do Sul. Sua intenção foi apresentar as dificuldades que a instituição tem enfrentado pela falta de leitos.

Uebel afirmou que o Pompéia é referência no atendimento a 49 municípios da região, em alta complexidade. Também reivindicou que outra instituição fosse habilitada em traumato-ortopedia, para auxiliar nas demandas, garantindo custeio estadual e/ou municipal.

Conforme Uebel, o problema está no financiamento, definido pelo teto de média e alta complexidade ambulatorial e hospitalar (MAC). Explicou que a região excede o número de procedimentos definidos pelo Ministério da Saúde. “Portanto, o município fica responsável pelo excedente, demanda que deveria ser atendida pelo governo federal”, observou. A solução, conforme o dirigente do Pompéia, seria mobilizar autoridades da região, para que o teto MAC Federal recebesse ampliação.

Para validar suas sugestões, Uebel apontou que, entre 2010 e 2018, houve crescimento de 5% nas internações/ano. Informou que o número de leitos não foi expandido, mas que esse crescimento foi possível, pois a gestão do hospital se articulou para diminuir o tempo de permanência dos pacientes.

Destacou que o hospital, em 2010, concentrava 29% de seus atendimentos na área de alta complexidade. Atualmente, o número subiu para 47%. Segundo ele, nesta área, aumentaram os atendimentos em tratamento e cirurgias oncológicas, cirurgias neurológicas e cirurgia cardiovascular, enquanto houve queda em traumatologia.

O dirigente salientou que o Hospital Pompéia tem uma fila de espera, com laudos já autorizados, de 1.973 pacientes aguardando cirurgia, entre diferentes categorias de atendimento. Apenas, em traumatologia, são 1.025 em espera.

Sandra de Bortoli, assessora de planejamento do Hospital Beneficente São Carlos de Farroupilha, destacou que o principal problema é o financiamento. O hospital é referência na região, para procedimentos de média complexidade da traumato-ortopedia e passa pelas mesmas dificuldades que o Pompéia.

Segundo ela, é possível absorver a demanda do Hospital Pompéia, desde que haja incentivo financeiro para tal. Ela considera inviável realizar os atendimentos com o teto definido pelo Ministério da Saúde. “O prestador tem qualificação, está pronto pra trabalhar. No entanto, ele precisa ser financiado”, ressaltou.

23/04/2019 - 18:43
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a): Fábio Rausch - MTE 13.707
Redator(a): Juli Hoff

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