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Gladis repercute respostas da prefeitura sobre Centros de Inclusão Digital

A parlamentar citou que os argumentos utilizados pela Executivo são contraditórios


A vereadora Gladis Frizzo/MDB ocupou a tribuna, na manhã desta terça-feira (23/04), para expor as respostas recebidas referentes ao requerimento 33/2019. O pedido de informações ao poder Executivo discorreu acerca do fechamento dos Centros de Inclusão e Alfabetização Digital (Ciad), instalados nos seis distritos (Criúva, Vila Seca, Fazenda Souza, Vila Cristina, Vila Oliva e Santa Lúcia do Piaí), em quatro áreas administrativas (Ana Rech, Desvio Rizzo, Forqueta e Galópolis) e na área urbana (São Victor Cohab).

Entre os questionamentos, estava o motivo do fechamento desse serviço ao público. Em resposta, de acordo com Gladis, o governo municipal citou que o número de pessoas atendidas era bastante reduzido, considerando a diversidade de serviços disponibilizados. Essa constatação, apontam os dados do Executivo citados pela parlamentar, foi possível após comparar a utilização dos Ciads nos anos de 2017 e 2018. O diagnóstico apontou uma redução de 51%, sendo que, em 2017, foram mais de 12 mil usuários e, em 2018, esse número reduziu para aproximadamente 6,2 mil pessoas.

Um dos centros fechados foi o de Fazenda Souza e a principal justificativa da prefeitura foi a baixa procura por parte da população. Em julho de 2018, apenas cinco pessoas foram atendidas no local, enquanto que, em Criúva, foram 41 pessoas. Para o Executivo, os Ciads demandavam um alto custo financeiro e não vinham sendo aproveitados pela população.

Além disso, o documento ainda solicitava quais eram os Ciads que ainda estavam em funcionamento. Em relação a isso, segundo Gladis, o poder Executivo afirmou que, atualmente, encontram-se em atividade os centros de Ana Rech, Criúva e Vila Seca, os quais estariam funcionando desde 2017 sem regularização por convênio. O Executivo reforçou que a baixa procura pelos centros acarretou a não renovação dos convênios.

A vereadora cita o argumento de que o fechamento de Ciads se deu também devido ao melhor aproveitamento dos espaços e relembrou a situação do Centro Comunitário da Vila Romana. Elói Frizzo/PSB aproveitou para dizer que a prefeitura afirmou que ia construir uma Unidade Básica de Saúde (UBS) no local e até agora nada foi feito, sendo que foi subtraído da comunidade um espaço de utilização pública.

Para Velocino Uez/PDT, faltou comparar o que já se tinha até então. O parlamentar afirmou que o Ciad era sucesso absoluto até 2017 e questiona o que será feito em Galópolis, pois o prédio do governo tem espaço para tudo. Edson da Rosa/MDB recordou que, na administração do então prefeito José Ivo Sartori/MDB (2005-2012), chegaram a existir 14 Ciads.

A parlamentar emedebista destacou também a necessidade de verificar porque, eventualmente, algum Ciad não tenha demanda. Mencionou o do bairro Desvio Rizzo – no qual a vereadora reside –, que encontrava-se na subprefeitura, em uma sala pouco visível para a comunidade. Além disso, na maioria das vezes, o responsável pelo centro não estava presente no espaço. Gladis afirmou que os vereadores não têm o poder da caneta como o Executivo, mas cabe ao Legislativo reivindicar por melhorias para a população. Por isso, a sua preocupação com os Ciads.

 

23/04/2019 - 12:57
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a): Vania Espeiorin - MTE 9.861
Redator(a): Maiara Zanatta Gallon

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